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Título: Dia 29, o segundo turno...
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 20/10/2000
 

"Neste mundo há muitas palavras e poucos ecos" (Goethe)

01. Juro que não gostaria de meter minha colher de pau nesse enjoativo angu que virou a disputa entre Marta Suplicy e Paulo Maluf pela Prefeitura paulistana. Mas, dia 29 está aí e, com tantos banners espalhados pelos postes da cidade, mais o debate de segunda-feira (16) na TV Bandeirantes, não me deixaram outra alternativa senão a de enfocar o tema aqui em nosso espaço semanal.

02. Vou fazê-lo deixando claro ao (e)leitor que o seu direito de escolha é único, absoluto e inalienável. Tenha ele a coloração que tiver: o pink PT da mamãe-sabe-tudo Marta Suplicy ou o chumbo grosso do autoritarismo de Paulo Maluf.

03. Mesmo que um ET aportasse por aqui, com a portentosa tarefa de assistir ao debate e nada soubesse da vida política das Terras de Piratininga, ficariam bem nítidas à estranha criatura as diferenças entre os candidatos, que curiosamente moram na mesma rua nos Jardins.

04. Marta e Maluf têm estilos distintos, origens diversas e idéias antagônicas. Sempre estiveram em lados opostos e agora se enfrentam, tendo como mesmo mote a reconstrução do que sobrou de São Paulo, essa vilipendiada cidade de quase 10 milhões de habitantes.

05. A candidata do PT saiu do primeiro turno com ampla vantagem -- e choveram adesões neste pós 1º de outubro. É, portanto, favoritíssima, inclusive nas pesquisas. Talvez, por isso, como dizem os mais novos, tá se achando...

06. Maluf, o teimoso, martela o velho bordão (... é obra de Maluf, Maluf que fez...) e brada uma série de ameaças que nunca chegam a se concretizar. O estigma do PT como um partido radical é outra arma que o ultramalufismo usa para tentar reverter o quadro que, por sinal, lhe é absolutamente desconfortável.

07. Após o debate, fiquei com a sincera impressão de que houve empate técnico: um cala-boca para cada lado e outros tantos chutes que passaram longe do gol da verdade. Mesmo assim, candidatos e asseclas cantaram vitória e, via rádio e TV, continuaram falando pelos cotovelos. Repetiram números e mais números, percentuais e soluções mágicas para a Cidade que ainda olha o futuro, com perplexidade e esperança.

 
 
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