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Título: A crise do jornalismo impresso
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 02/04/2013
 

Há uma discussão recorrente no mundo da Comunicação Social:

O jornalismo impresso está em crise?

Dizem que a causa é o internetês cada vez mais presente na vida (real ou virtual) das novas gerações.

Para variar, não tenho opinião fechada sobre o assunto.

Tomo, no entanto, como parâmetro a frase do grande Jânio de Freitas, em entrevista ao Roda Viva ano passado, para iniciar minhas prospecções pelos arredores do tema.

Diz o mestre:

“Jornalismo é jornalismo. Internet é internet”.

A partir daí, tento me localizar no tempo e no espaço, com registros que passam longe de qualquer academicismo. Ficam no campo da observação:

a. Vamos ser sinceros... Os jornais brasileiros nunca tiveram abrangência nacional, nem foram fenômenos populares. Suas tiragens não chegaram à casa dos sete dígitos, como em outros países mais ledores que o nosso. (No boom do Plano Real e da Economia nos anos 90, houve um significativo aumento de assinaturas e vendas, mas – há que se reconhecer – foi um caso episódico)

b. Mesmo os jornais ditos populares (os históricos Notícias Populares, Última Hora e mesmo os bons tempos do Diário Popular, o rei das bancas), os recordes andaram na casa das centenas de milhares.

c. No patamar das revistas, embora alguns títulos tivessem enorme prestígio, como a brilhante Realidade, nenhuma deles foi tão impactante e atingiu a marca da Revista O Cruzeiro de, em plenos anos 50 e 60, bateu o auge de 800 mil exemplares semanais. A líder de vendas, Veja, andou por esse montante em sua carteira de assinantes, mas sem a mesma repercussão.

d. Marca interessante – lembrou-me um amigo – alcançou o semanário alternativo O Pasquim. Esgotava a tiragem assim que chegava às bancas, em fins dos anos 60, com tiragem superior a 500 mil exemplares.

e. Toda vez que vou a uma banca de jornal, surpreendo-me com uma infinidade de novos títulos de publicações que despertam o interesse e a curiosidade “dos meus queridos leitores”, segundo me informa Chico, o jornaleiro, de indiscutível credibilidade forjada por anos e anos de prática.

Aliás, ele dá uma boa pista do que está acontecendo:

-- Vendemos menos jornal, é verdade. Mas, temos outras compensações com as revistas variadas. Hoje o público é bem diverso...

(Voltaremos ao assunto proximamente)

 
 
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