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Título: Um outro monumento, no Ipiranga
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 08/12/2000
 

"Um hoje valem por dois amanhãs" (Benjamin Franklin)

01. Há dois anos, o Sesc Ipiranga teve a feliz idéia de realizar um evento denominado "Grito da Memória" que reuniu painéis fotográficos, sessões de audio-visual e textos sobre o quatrocentão bairro do Ipiranga. Ressaltou-se nessa ocasião como nossa região é arquitetônicamente rica e variada. Esse bairro é por si só um monumento -- lembro de ter ouvido a expressão da curadora da mostra, logo que os primeiros ensaios fotográficos lhe chegaram às mãos.

02. Achei apropriada a expressão que, aliás, soa bastante familiar a todos os ipiranguistas. Quase sempre quando se fala em monumento no Ipiranga, associa-se a palavra à imagem do próprio Monumento da Independência (inaugurado em 1922) ou mesmo ao majestoso prédio do Museu Paulista, este concluído em 1890, mas só aberto ao público em 1895.

03. A lembrança dessa mostra reapareceu, nesta semana, não apenas para saudar os outros tantos monumentos que existem no bairro, e que ali estavam listados (como as tantas igrejas, as instituições da avenida Nazaré, as mansões da Bom Pastor e algumas casas dos operários das indústrias pioneiras), mas também para reverenciar a comemoração dos ex-alunos de outro marco histórico do bairro, a Escola Estadual Visconde de Itaúna, no ano em que completa 70 anos de vida. A comemoração será quarta-feira (dia 13) no auditório do próprio colégio, com participação de alunos, diretores, professores, funcionários que, de uma forma ou de outra, participaram da história da instituição.

04. Uma seleta parcela de ipiranguistas ilustres passou pelos bancos escolares do Itaúna. Exemplos notórios são o colunista de GI, Laerte Toporcov, e o ex-presidente do Clube Atlético Ypiranga, Antônio Crispim Pinto, formados pela turma de 1949, ano em que a escola passou a funcionar no prédio em que permance ainda hoje na rua Silva Bueno. Há quem o considere um dos mais belos prédios escolares do Brasil.

05. Atualmente, a escola continua sendo modelar. Tanto que em 1998 recebeu o Prêmio Nacional de Gestão Escolar, outorgado pelo Ministério de Educação e Cultura e pela UNESCO. O que não deixa de ser uma proeza, diria, quase única, em razão da crise que o ensino público -- de todos os níveis -- vive hoje no País. É bom saber que o Itaúna continua uma escola modelar e contribuindo decisivamente para formação do cidadão que, seguramente, vai forjar um País mais justo no século que se aproxima.

06. Uma missão absolutamente nobre. Até porque a construção desse novo mundo, mais solidário e fraterno, passa inexoravelmente pela educação e cultura. A missão, aliás, pertence a todos nós, mas é bom saber que já temos, no Itaúna, um destemido aliado...

 
 
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