Juntei as crônicas que escrevi nos últimos cinco dias e as postei na seção Parangolés, como se fossem um texto – e, na verdade, assim é que são.

Nem eu acreditei.

Foram quase 12 mil caracteres para narrar venturas e desventuras do uso da barba nos dias de hoje.

II.

As lembranças foram despencando uma após a outra – e se transformaram em cinco posts. Que, vou lhes dizer, causaram certo rebuliço em alguns dos meus cinco ou seis fiéis leitores.

Um deles, o engajadinho da Vila Madalena, me questiona. Diz que estou querendo me ausentar do grande debate nacional que sempre precede uma eleição presidencial.

- Ora, ora, meu camarada, vivemos uma das mais renhidas disputas eleitorais e você aí falando de barbados e afins!!!

III.

O corintiano da Vila Nhocuné tem outra opinião.

Para ele, ando a fugir dos noticiários esportivos em função dos últimos desastres vividos e chorados pelo meu time do coração.

- Vão estrear a nova arena em plena campanha para a segunda divisão. Que vergonha!

IV.

Já a moça de Campo Grande faz questão de registrar a reclamação de que deixei de lado os textos mais românticos e personagens como o Dinoel, o Doutor Nicola e a Garota do Cabelo Vermelho. Eram as crônicas com as quais ela mais se identificava.

Faz uma ressalva, porém:

- Histórias do Escova não valem. Que ele é muito canalha.

V.

Meus caros leitores têm sempre razão.

Não ando nada à vontade para falar de política/eleição.

Só uma observação. Apesar das declarações preconceituosas e toscas do candidato Levy Fidelix, além de outras tantas baixarias generalizadas, ainda assim acho que o embate Collor e Lula bem mais renhido que o atual.

Quanto ao meu Palmeiras, nada, nada, a comentar.

Apenas torço para que saíamos da zona da degola o quanto antes.

Não merece meus alinhavos.

Sobre os personagens supracitados – Dinoel, e a Garota de Cabelos Vermelhos (presentes no meu livro Volteios) e o Doutor Nicola (de tantos textos neste Blog) – posso afiançar à querida leitora que não tive mais notícias deles. Vez ou outra, encontro o Escova que é meu amigo, mas definitivamente não merece confiança quando o assunto é mulher.

VI.

Juro que ando saudoso dos tempos em que escrevia histórias.

Aliás, neste sentido, ando ouvindo velhos CDs do saudoso Emílio Santiago para ver se capto alguma inspiração; pois ao que vejo pela aí, o amor é mesmo um tema em desuso. Lamentavelmente...