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Título: Momento de paz e fraternidade
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 15/09/2000
 

"Hoje é o amanhã que tanto nos preocupava ontem" (Provérbio popular)

01. Pela TV, o mundo assiste, a partir de hoje, os últimos jogos olímpicos do século. Não há como medir os zilhões de espectadores que vão acompanhar, torcer e se emocionar com o confronto entre as nações em busca da almejada medalha de ouro. O Planeta transforma-se numa aldeia e faz da Austrália o centro de todas as atenções. Mesmo que se considere os absurdos interesses econômicos (que, diga-se de passagem, são inevitáveis à globalização), é importante destacar o momento auspicioso que a Humanidade vive a partir do esporte. Um momento de congraçamento que pode ser, inequivocadamente, uma ponte para a paz definitiva -- e universal.

02. Lastima-se que poucas coisas, além do esporte, conseguem a proeza de juntar as pessoas de forma positiva. A música também faz isto. Na verdade, as artes em geral tem esse dom de universalizar sentimentos que nos engrandecem. Sentimentos como solidariedade, fraternidade, respeito, reconhecimento, humildade...

03. Por um desses desvios inexplicáveis de formação, aprendemos a nos unir apenas nas horas difíceis, nas tragédias. Só aí nos damos conta da nossa absurda fragilidade e indefectível transitoriedade. O tempo, diz uma antiga canção, não pára no porto, não apita na curva, não espera ninguém. Vale o que somos, não o que temos. O tal espírito olímpico mostra bem essa realidade -- e é verdadeiramente uma pena que não se alastre para as áreas social, política, econômica e científica.

04. Lembro que em janeiro de 86, via TV, o mundo assistiu estarrecido a explosão que destruiu a nave Challenger e matou sete tripulantes. Foram sete segundos de orgulhosa expectativa até que o imponderável riscasse o céu tragicamente. Além da natural comoção, ficou a questão: quem falhou, o homem ou a máquina?

05. Enquanto a Ciência buscou as causas do acidente (que sequer chegou a ser detectado pelo sofisticado sistema de computadores), os Estados Unidos velaram seus mortos valentes precursores do progresso humano. Indagou-se firmemente, naquele momento, qual o futuro do programa espacial tripulado. Mas, soube-se sempre, com toda a certeza, que o sonho do homem -- de ousar infinitamente -- nunca vai se esgotar...

06. Sonhemos, pois -- e não apenas com o ouro do pódio. Que o espírito olímpico prevaleça, mesmo depois da última conquista de Sydney. E se façam plenas e definitivas, entre os povos, a paz e a fraternidade.

 
 
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