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Ainda sobre o diploma
20/06/2009
 

Meus caros,

Conto-lhes uma breve história que ouvi do jornalista, formado pela Universidade Metodista e professor da própria Metodista, Valdir Boffetti:

Nos primeiros tempos do Jornal Nacional, alguém na Globo teve a ideia de convidar Carlos Drummond de Andrade para escrever uma crônica diária a ser lida durante a exibição do telejornal. O jornalismo procurava consolidar novas frentes na TV e pareceu oportuno contar com o talento do maior poeta brasileiro nessas conquistas, até como valioso complemento das notícias do dia.

Convite aceito, Drummond, irrepreensível, mandou o texto no dia e hora aprazados.

Tudo perfeitinho, nos conformes.

Não fosse um pequeno e instransponível senão.

A crônica era longa - e a narração soava cerimoniosa demais para a TV.

Ai, ai, ai...

Qual dos editores se atreveria a mexer na obra do grande poeta?

Ninguém se habilitou. Quem ousaria?

A solução foi recorrer ao escritor Otto Lara Rezende, que também trabalhava na Globo.

Amigo de Drummond, Otto ligou e pediu ao próprio Drummond que mexesse no texto para deixá-lo mais curto e apropriado às imposições do novo veículo.

A resposta do poeta foi exemplar:

- Fiquem à vontade. Mexam no texto como bem quiserem. Não entendo nada de TV.

II.

Lembro a seguir outra história, um tanto mais longa, que aprendi nos meus tempos de estudante de Jornalismo e, décadas depois, coube-me a honra de compartilha-la com alunos de História do Jornalismo Brasileiro:

Em 1918, a Associação Brasileira de Imprensa realizou o I Congresso Brasileiro de Jornalistas. Uma das questões em pauta: a necessidade de que os jornalistas tivessem uma formação de nível universitário. Entre outros motivos, para evitar que oportunistas tirassem proveito da credibilidade que a profissão começava a conquistar como legítima mediadora das demandas sociais.

Foi o primeiro passo de uma longa jornada.

Em 27 de setembro 1939, o cronista Rubem Braga saudou o então Conselho Nacional de Educação (equivalente ao MEC dos dias atuais) por aprovar a licença para funcionamento da Escola Superior de Jornalismo, com sede na cidade do Rio de Janeiro. Em crônica chamada de Doutores Jornalistas, ele imagina como seria convivência entre os práticos e o que chamou de futuros novos doutores.
De antemão, foi avisando à rapaziada quanto ao salário:

“Não acreditem se lhes disserem que vivo como um lord.”

III.

As primeiras escolas de jornalismo começaram a surgir em fins dos anos 40.

Os anos 60 ficaram marcados pelo empenho dos jornalistas e das entidades representativas na construção de uma regulamentação profissional, tendo à frente expoentes como os jornalistas Freitas Nobre e Ari Silva. Em 1969, no bojo de uma ampla reforma educacional, foram criados os cursos de comunicação – e implantou-se a exigência do diploma universitário, habilitação em jornalismo, requisito único e indispensável para exercício da profissão.

Essas conquistas foram, posteriormente, ratificadas pela Constituição de 1988, na esteira de uma forte mobilização de jornalistas, estudantes de jornalismo e entidades classistas e de outros segmentos da sociedade.

Nenhum fragmento dessa longa história de conquistas sensibilizou a oito dos doutos senhores do Supremo Tribunal Federal, que preferiram tergiversar sobre “o exercício amplo das liberdades de expressão e informação” – outro ponto de luta secular dos jornalistas.

Faltou-lhes a humildade que sobrou ao poeta que, como raros, entendeu da arte de expressar-se e, naquele episódio do JN, compreendeu a complexidade do fazer jornalístico.

IV.

Porém, e ainda bem que existe um porém...

Além de lamentar profundamente o tom depreciativo de algumas falas do STF, penso que seja hora de lhes dizer nada se perdeu. Diria mesmo que pouco se transformou. Como ouvi de outro ex-estudante de jornalismo da Metodista e coordenador da Agência Folha, professor Júlio Veríssimo, “o fim da obrigatoriedade do diploma não significa o fim da obrigatoriedade da competência”.

Assim como as mais respeitáveis empresas de comunicação já manifestaram publicamente o compromisso de continuar contratando profissionais formados na área, os pilares do Jornalismo (o respeito à verdade factual, a postura independente e fiscalizadora; assim como a formação multimídia, as teorias da Comunicação, as técnicas de edição e de texto, a discussão crítica dos projetos editoriais e dos os rigores éticos da profissão, entre outros conteúdos humanísticos) continuaram a ser matéria de estudo e aprendizagem nos bons cursos de jornalismo em nível superior, como preconizou, lá nos anos 30, nosso maior cronista, Rubem Braga.

Nas últimas quatro décadas, o jornalismo brasileiro perfilou-se entre os melhores do mundo, inclusive como um dos esteios da redemocratização do País.

Para tanto, foi de vital importância o trabalho de duas gerações de jornalistas formados pelas faculdades de jornalismo – milhares dos quais, egressos do curso da Universidade Metodista de São Paulo, que figura honrosamente, em âmbito nacional, entre os mais bem conceituados.

No que depender de nós – e espero que de vocês estudantes de jornalismo – essa História não vai se perder...

 
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