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05/07/2009
 

Devo reverências aos amigos corintianos pela conquista desta semana, a Copa do Brasil.

Aproveito, pois, o ensejo deste que é o meu 900o post para publicar um texto que acho memorável, A Invasão Corintiana, escrito por Nélson Rodrigues e publicado em O Globo, em 6 de dezembro de 1976.

Foi por ocasião de uma semifinal do Brasileirão daquele ano. A Fiel torcida invadiu o Rio de Janeiro e levou o time a um empate histórico diante do Fluminense que tinha mais time. Nos pênaltis, deu Timão que enfrentou o Internacional na finalíssima – e perdeu.

Vejam o relato do cronista:

A INVASÃO CORINTIANA

Por Nélson Rodrigues

Uma coisa é certa: não se improvisa uma vitória. Vocês entendem? Uma vitória tem que ser o lento trabalho das gerações.

Até que lá, um dia, acontece a grande vitória.

Ainda digo mais: já estava escrito há seis mil anos, que em certo domingo, de 1976m teríamos um empate.

Sim, quarenta dias antes do Paraíso estava decidida a batalha entre o Fluminense e o Corinthians.

Ninguém sabia, ninguém desconfiava.

O jogo começou na véspera, quando a Fiel explodiu na cidade.

Durante toda a madrugada, os fanáticos do timão faziam uma festa no Leme, em Copacabana, Leblon, Ipanema.

E as bandeiras do Corinthians ventavam a procela.

Ali, chegavam os corintianos aos borbotões.

Ônibus, aviação, carros particulares, táxis, a pé, a bicicleta.

A coisa era terrível. Nunca uma torcida invadiu outro estado com tamanha euforia.

Um turista, que por aqui passasse, havia de anotar em seu caderninho: ‘O Rio é uma cidade ocupada’.

Os corintianos passavam a toda hora e em toda parte.

Dizem os idiotas da objetividade que torcida não ganha jogo.

Pois ganha.

Na véspera da partida, a Fiel estava fazendo força em favor do seu time.

Durmo tarde e tive ocasião de testemunhar a vigília da Fiel.

Um amigo me perguntou: ‘E se o Corinthians perder?’

O Fluminense era mais time.

Pois estavam certos, e maravilhosamente certos os corintianos, quando faziam um prévio carnaval.

Esse carnaval não parou.

De manhã, acordei num clima paulista.

Nas ruas, as pessoas não entendiam e até se assustavam.

Expliquei tudo a uma senhora, gorda e patusca.

Expliquei-lhe que o Tricolor era, no final do Brasileiro, o único carioca.

Não cabe aqui falar em técnico.

O que influiu e decidiu o jogo foi a torcida.

A torcida empurrou o time para o empate.

A torcida não parou de incitar.

Vocês percebem?

Houve um momento em que me senti estrangeiro na doce terra carioca.

Os corintianos estavam tão certos de que ganhariam que apelaram para o já ganhou.

Veio de São Paulo, a pé, um corintiano. Eu imaginava que a antecipação do carnaval ia potencializar o Corinthians.

O Fluminense jogou mal?

Não, não jogou mal.

Teve sorte?

Para o gol, nem o Fluminense, nem o Corinthians.

Onde o Corinthians teve sorte foi na cobrança dos pênaltis.

A partir dos pênaltis, a competição passa a ser um cara e coroa. O Fluminense perdeu três, não, dois pênaltis, e o Corinthians não perdeu nenhum.

Eis regulamento de rara estupidez.

Tem que se descobrir uma outra solução. A mais simples, e mais certa, é fazer um novo jogo.

Imaginem que beleza se os dois partissem para outro jogo.

Futebol é futebol e não tem nada de futebol quando a vitória se vai decidir no puro azar.

Ouvi ontem uma pergunta: ‘O que vai fazer agora o Fluminense?’

Realmente, meu time não pode parar.

O nosso próximo objetivo é o tricampeonato carioca.

Vejam vocês: empatamos uma partida e realmente um empate não derruba o Fluminense. Francisco Horta já está tratando do tricampeonato.

Estivemos juntos um momento. Perguntei: ‘E agora?’

Disse: ‘Amanhã vou tomar as primeiras providências para o tricampeonato’.

Como eu, ele não estava deprimido.

O bom guerreiro conhece tudo, menos a capitulação.

Aprende-se com uma vitória, um empate, uma derrota.

Só a ociosidade não ensina coisa nenhuma.

No seguinte jogo, vocês verão o Fluminense em seu máximo esplendor.

 
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