Recuperar a audiência do horário da novela da sete.

Eis o gigantesco desafio do remake de Ti-Ti-Ti que estreia hoje na Globo.

Missão mais do que especial para a responsável pela trama, Maria Adelaide Amaral.

O experimentalismo que se pretendia teatral da novela anterior, Tempos Modernos, não vai deixar saudades.

Em ninguém.

Nem no autor, o dramaturgo Bosco Brasil.

Nem no elenco – sequer Antonio Fagundes segurou a peteca.

Menos ainda na cúpula global.

Com perda de audiência não se brinca lá pelos lados do Jardim Botânico.

Tanto que, para minimizar os estragos, convocaram uma especialista, Maria Adelaide, para reescrever parte da obra do homem que criou a bem-humorada linguagem do horário, o saudoso Cassiano Gabus Mendes.

A trama central será de Ti-Ti-Ti levada ao ar em 85. Mas, no decorrer dos capítulos, vão aparecer personagens de outras telenovelas de Cassiano – Locomotivas (77), Plumas & Paetês (80) e Elas por Elas (82).

É barbada, dizem os entendidos em índices de audiência.

Vai bombar, garantem os mais entusiasmados.

Outro grande desafio será a participação do ator Murilo Benício, na pele do costureiro espanhol Victor Valentim.

Será difícil não comparar o seu desempenho com o do Victor Valentim original, interpretado pelo impagável Luiz Gustavo.

Foi o grande trunfo da novela. Afinal, o papel foi criado para ele pelo cunhado Cassiano. Uma espécie de Beto Rockfeller da alta costura.

O ator não decepcionou. Esbanjou talento.

Aliás, Luiz Gustavo faz uma participação na nova Ti-Ti-Ti.

Ele será o detetive Mário Fofoca, de Elas por Elas, com seu indefectível paletó xadrez e trapalhadas geniais.

Outro personagem que entrou para a galeria dos tipos inesquecíveis da telenovela brasileira.