“Quem não se comunica se estrumbica” .
A máxima daquele saudoso filósofo-comunicador-e-guerreiro contemporâneo é mais do que emblemática para os nossos dias.
Dia desses, em reunião com seus pares, jornalistas e professores, o nosso amigo ouviu de um dos presentes que a Comunicação de hoje engoliu os critérios de noticiabilidade.
(Ops! Olha o dialeto titânico – de Tite, treineiro do Coringão – fazendo escola.)
Traduzindo para os leigos:
A tal relevância jornalística foi mesmo para as cucuias nos dias atuais.
Ou seja:
A briga do apresentador com o ex-jogador que virou comentarista, a twitada do boleiro, a roupitcha da estudante vestida para matar, o regime do Zeca Camargo e outros que tais valem mais – ou no mínimo tanto quanto – a grande manchete econômica, política e social do dia.
Salve o mundo globalizado, e virtual.
Nas redes sociais, voz e vez aos que tem acesso ao mundo digital.
Fala-se de tudo e de todos.
É um salve-se quem puder. Reputações e bizarrices rolam ladeira abaixo.
A liberdade de expressão assegurada, sem limites.
Ufa!
Estamos todos bem...
Mas, bastou certa moça desaparecer do email, não atender o celular, ignorar o SMS, esquecer de dar um “olá” no twitter ou não aparecer com caras, bocas e trejeitos no facebook para que o coração e a alma estremeçam – e só aí o nosso herói, agora já entrado em anos, dá razão ao dom Paulo e, pessoalmente, passa a viver o maior de seus tempos obscuros e deixa de existir para o mundo. |