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Por obra e graça de compromissos profissionais, só ontem ŕ noite parei diante da TV para ver as cenas da novela “Salve Jorge”, de Glória Perez.
Năo sou lá um grande noveleiro, mas especialmente esta produçăo me chamou a atençăo por dois motivos básicos.
A saber:
1 – mesmo palmeirense, sou devoto de Săo Jorge desde os quatro anos de idade, quando, no dia do meu aniversário, ganhei uma imagem do santo de uma amiga de minha măe. Imagem que ainda hoje existe em um arremedo de altar na casa da Dona Yolanda, a quem peço bęnçăos todos as manhăs.
2 – sou fă de Benjor desde os tempos em que ele atendia pelo nome de Jorge Ben e misturou bossa-nova, samba, ięięię, funk e outtras milongas mais e criou hits eternos como “Mas Que Nada”, “Chove Chuva”, “País Tropical”, entre outros que ainda hoje sacolejam mundo afora.
Benjor também é devoto do Santo Terreiro e reverenciou essa fé em, pelo menos, cinco cançőes inventivas, pulsantes, definitivas: “Domingo 23”, gravada no disco Ben (1973); “Jorge da Capadócia”, em Solta o Pavăo (1975), “A História de Jorge” e “Cavaleiro do Cavalo Imaculado”, em África Brasil (1976) e “Cowboy Jorge” em BenJor (1989) e regravada no CD 23, em 1993.
Como é comum na obra benjorniana, as cançőes ganharam dezenas de versőes nas vozes de intérpretes de diversas geraçőes. Desconfio que “Jorge da Capadócia” seja a mais conhecida delas e a que consagrou o refrăo:
“Salve Jorge
E viva, viva...
Viva Jorge”
Refrăo que gerou o título da novela.
(...)
Pois, entăo, meus caros...
Estava curioso para saber qual dessas preciosidades fariam parte da trilha da novela – ou quem sabe, mui merecidamente fosse a faixa de abertura.
Ledo engano, amigos.
Ledo engano.
Năo há qualquer referęncia ao Babulina. Foi trocado por um Roberto Carlos a despencar para o sertanejo pop e pelo samba-funk do Seo Jorge na música tema, claramente inflenciado pelos versos e pela levada do inigualável Benjor. |