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Escova e o lusco-fusco do amor
06/02/2013
 

Em um ano que se perdeu na poeira da memória, a velha Redação de piso assoalhado e grandes janelas para a rua Bom Pastor já vivia a expectativa da cobertura de Carnaval que faríamos nos próximos dias.

-- Vocês são jovens e inconsequentes, dizia o Marcão, veterano de tantas ‘batalhas’ jornalísticas que, ali, além de nos orientar no trabalho de repórter, era responsável pela coluna mais lida do jornal, “Repórter GI”.

Então, quando éramos destacados para coberturas mais amplas e de maior alcance popular, ficávamos entusiasmados com a possibilidade de realizar ‘a melhor reportagem’. Havia uma saudável concorrência entre nós. O aspecto festivo do Carnaval também, e por vezes principalmente, também açodava nosso ânimo, digamos, etílico-jornalístico.

Marcão tinha razão. Éramos jovens e inconsequentes.

II.

Como comecei a dizer lá no primeiro parágrafo, estávamos nesse gostoso barulho quando um de nós – não lembro quem – notou uma (in)certa indiferença por parte do Cebola (vamos preservar a identidade do amigo sob o apelido para evitar constrangimentos tardios). Era evidente que ele andava cabisbaixo, macambúzio e triste.

Não foi difícil saber o motivo.

Vivia o lusco-fusco de um fim de romance, nunca oficializado, mas denso, trepidante com a bela mulata chamada Leonor ou Dagmar – o nome da moça era o que menos importava.

Cebola não sabia se ia ou se ficava. Parava de vez com aquela montanha russa que lhe tirava a paz, mas de quebra lhe dava boas emoções. Se deveria insistir, ou se largava de vez.

Mas, como largar?

III.

Assim que a Redação desvendou o motivo da crise do amigo, estabeleceu-se uma discussão existencial sobre como o Cebola deveria enfrentar a situação.

Escova, o Dom Juan das Quebradas do Sacomã, tomou um ar professoral e começou a discursar. Falava de cátedra:

-- Não sei lhes dizer, caros amigos, se existe algo mais áspero e difuso do que identificar o ponto final de uma grande história de amor. Vejam bem, falei grande no sentido de intensidade, do tanto que se viveu, do tudo que se sonhou, as tais vãs ilusões.

Logo percebemos que o Escova, o filósofo das coisas do coração, não pararia tão cedo com aquele quasquasquas.

IV.

Dito e feito.

-- Amigos, sei o que o amigo Cebola (que permanecia jururu, indiferente a tudo e a todos) está sentindo. Não se mede sentimento, seja ele qual for, pela duração, pelo tempo que durou. Avalia-se, creio eu, se foi bom ou ruim por tudo que representou, pela dimensão das emoções...

Alguém cantarolou a canção de Roberto (“e são tantas as emoções...”), na vã tentativa de calar o Escova, que nem se deu conta da ironia.

-- Então, meus caros, penso que...
V.

Foi neste exato momento que outro mestre da rapaziada, o inefável Nasci, que assinava a coluna “Aqui Agora”, cansou de tanto trelêlê – e foi direto ao assunto para por um ponto final naquela esparrela toda.

-- Pessoal, a gente já sabe o que o Escova pensa. Que o Cebola levou uma bolada nas costas da moçoila. Agora vamos trabalhar que se o jornal não sair amanhã, não tem credencial de Carnaval para ninguém. Um vai fazer a ronda nas delegacias, outro no hospital e quem sobrar vai cobrir as enchentes porque sempre chove no Carnaval...

VI.

Não se ouviu mais sequer um pio.

Todos voltaram a batucar sua máquina de escrever.

Inclusive, o Escova e o Cebola que, diga-se, já tinha uma outra mulata em vista...

E era passista na Imperador do Ipiranga.

 
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