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Nando, Fernando ou Ferdinando. Versão 3
11/03/2013
 

-- Nando, Nando...

Fazia sua habitual corrida pelas alamedas do Parque do Ibirapuera quando ouviu a voz de uma mulher a lhe chamar.

-- Nando, Nando, Nando...

Insistia, ansiosa.

Acontece que ninguém o chamava assim desde tempos idos e havidos.

Num acesso de tradicionalista convicto, o pai resolvera lhe presentear com o nome do avô e, acreditem ou não, desde que se conhecia por gente, atendia pelo nome de Ferdinando.

Ao longo dos anos, já se habituara à confusão que alguns faziam – e lhe chamavam de Fernando. De início, ele até tentava corrigir, mas depois desistia.

Era indiferente: Ferdinando ou Fernando, tanto faz.

Ninguém ousara lhe colocar qualquer apelido.

Se bem que à época do cursinho para a São Francisco, uma deusa de cabelos negros, longos e lisos preferia lhe chamar de Nando.

Era apaixonado por ela. Mas, nunca ousou declarar-se.

Ele entrou entre os primeiros na faculdade do Largo São Francisco, e nunca mais teve notícias da moça.

Chamava-se Sofia.

II.

-- Nando, Nando... Nandôôôôô...

Será?

Os gritos eram contínuos e, mesmo às suas costas, não teve mais dúvidas: vinham em sua direção.

Eram com ele mesmo.

Parou, virou-se e deu de cara com a deusa mais linda de tantas quantas já se embrenharam por aquelas matas e trilhas.

Sofia!

III.

Não houve tempo para qualquer pergunta.

Visivelmente entusiasmada com o reencontro, Sofia foi logo se jogando para um abraço fraternal e os beijinhos de costumeiros.

-- Quanto tempo? Rapaz, por onde você anda? O que você está fazendo. Conte-me tudo...

Nando/Ferdinando respirou fundo. Procurou atinar as ideias. Ela estava ainda mais linda – e a presença dela o deixava mudo.

Extasiado.

Por muitos anos esperou por esse momento.

-- Já vi que continua o mesmo. Tímido que só.

Ele riu da observação e disse que já não era mais assim.

Como magistrado que era, aprendeu a ser o centro das atenções e dar sentenças longas ou curtas, mas sempre objetivas.

-- Quer um exemplo? Você está mais linda ainda...

IV.

Foi tão natural, e espontâneo na fala que foi a vez de Sofia calar-se.

Nando/Ferdinando sentiu que a impressionara, e resolveu seguir no conversê.

Falou do curso, do quanto procurou por ela nos primeiros dias de aula; depois, de suas andanças por cidades do interior até assumir uma Vara aqui na Capital. Que estava feliz em vê-la. Que a partir de agora não mais a perderia de vista. Que vinha sempre ali exercitar-se. Que estava solteiro. Que ela estava mais linda ainda, “mas isso eu já disse”...

V.

Enfim, empolgou-se.

Sequer reparou a aliança, grossa e dourada, no dedo anelar da mão esquerda que ela exibia, ainda que timidamente.

Não demorou - e um senhor de ares circunspectos se aproximou de ambos, bufando de cansaço.

-- Ufa! Te alcancei. Isso é o que dá casar com uma mulher bem mais jovem que a gente.

A explicação se fazia desnecessária. Assim como a apresentação que se seguiu, com ares de total constrangimento:

-- Nando, meu marido Gregório. Gregó, um amigo do tempo do cursinho, o Nando...

VI.

Ela pensou em explicar que, anos atrás, no mesmo Parque, conheceu Gregório por acaso ao confundi-lo com uma antiga e utópica paixão dos tempos do cursinho, mas desistiu.

Ficaria um climão – e nenhum dos três merecia passar por mais esta.

Conversaram por alguns brevíssimos minutos – e logo cada qual seguiu para o seu lado.

Nando e Sofia, resignados com as nuances do destino de cada um. Gregório, a remoer um (in)certo desconforto que não sabia como explicar. Nem queria...

 
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