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Para sempre...
01/05/2014
 

Trabalhamos sob tensão naquela semana.

O jornal sairia na sexta. Tínhamos, portanto, algum tempo para preparar as páginas – duas – sobre o ocorrido na manhã de domingo e a repercussão da tragédia.

A turma da Redação de piso assoalhado sempre foi tão barulhenta, debochada, risonha.

Não se sentia assim naqueles dias.

Ainda estávamos em choque, perplexos, com o que vimos diante da tela da TV.

Alguns ainda não queriam acreditar nas cenas que, por fim, abalaram o País inteiro – e, há quem diga, ainda mexem com quem sequer era nascido naqueles idos.

1º de maio de 1994 – o Brasil perde sua maior referência esportiva.

II.

Não dávamos conta de atender as solicitações dos leitores. Todos queriam manifestar seu pesar, sua tristeza.

Lembro os meus caros cinco ou seis leitores que, à época, não havia internet, redes sociais e assemelhados tecnológicos. Por isso, recebíamos caudalosas cartas, mensagens, telegramas, bilhetes; a maioria entregue pessoalmente no afã de que não se perdesse a chance de vê-los publicados.

“A Nação está ao desamparo”, alguém falou.

III.

Abrimos duas páginas para a cobertura do fato e dos funerais.

Deixamos um bom espaço para as manifestações dos leitores – três colunas de cima a baixo da segunda página, se bem me lembro.

Fomos obrigados a selecionar os melhores textos, seguindo critérios jornalísticos.

Muitos se repetiam no relato do desamparo e da dor.

Muitos ficaram de fora.

IV.

Tínhamos uma questão.

Como seria a manchete?

Por ser um jornal semanal, vez ou outra ocorria tal impasse. Não podíamos repetir – ou nos mostrar exageradamente influenciados pelas – outras chamadas já consagradas pelos jornais e veículos noticiosos que nos precediam nas bancas.

V.

Risca daqui, rabisca dali – nada nos satisfazia.

Não me recordo se foi o Ruggiero (colunista de teatro) ou o Ismael (de TV e cinema) que lembrou o título de um belo filme italiano: Nós Que Nos Amávamos Tanto.

Fez-se um silêncio na grande sala de piso assoalhado e janelões para a rua Bom Pastor.

(Desconfio que até o trânsito pesado parou na expectativa do que faríamos.)

VI.

Ousei fazer a adaptação.

Datilografei na lauda, em caixa alta:

“NÓS QUE LHE AMÁVAMOS TANTO”

Li em voz alta.

Gostei.

Gostaram também, mas não era exatamente o que queríamos.

VII.

Foi o grande Escova que sugeriu a mudança, um breve reparo:

‘NÓS QUE TE AMÁVAMOS TANTO”

Às favas com os rigores da gramática. Era mais direto e reto. Com tom coloquial.

VIII.

E foi assim – com esta manchete - que o jornal circulou na manhã de sexta, dia 6 de maio de 1994.

Letras garrafais, como se dizia então.

Sobre as tais, a foto rasgada, página inteira, do inesquecível Ayrton Senna (para sempre) do Brasil.

 
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