- Jeeeeeeesuiiiis!!!
- O que foi?
- Você viu?
- Viu o quê, homem?
- A morenaça.
- Aonde, aonde.
- Ali, ó...
- Ali, onde, meu.
- Ali, saindo do mar, torcendo o cabelão.
- Aquela de biquíni vermelho?
- É, rapaz.
- O que é que tem a moça?
- Avá? O que é que tem, cara? O que é que ela não tem? Um mulherão. Tem tudo...
- Tudo?
- 400 talheres. É maravilhosa, deslumbrante. Mulherão! Jeeeeeeesuiiiis!!!
- Não use o santo nome, em vão, rapaz. Cuidado para não enfartar, hein.
- Morreria feliz, cara.
- Não exagere.
- Não exagero, não. Olha bem, olha bem!
- Acho que você não está bem, está ficando alterado...
- Tô não. Veja, ela está vindo para cá.
- Eu sei.
- Como assim? Sabe o quê?
- Que ela vem para cá.
- Vem para cá?
- Vem. É minha filha...
(...)
- Ah... Só pra evitar outros constrangimentos, aviso logo. Ali, embaixo daquele guarda sol colorido, está vendo?
- Estou.
- Então, a que está na cadeira, de maiô verde, é minha mulher. A outra, mais senhorinha, de pé, é minha sogra... Valeu? Cuidado que essa praia é muito família. E os outros pais e maridos não são tão compreensivos como eu...
*A historinha de hoje quem me passou foi o amigo Caiçara. Mora em São Vicente. Não sei se ele viu ou aconteceu com ele, seja na pele do pai compreensivo, seja na escorregada do falador... |