Bonita a iniciativa dos professores José S. Faro e Marli dos Santos que hoje promovem o encontro “Documentários, livros e resistência” com a proposta de discutir a cultura e o jornalismo como instrumental de luta contra os regimes de opressão, particularmente durante as ditaduras.

O evento será realizado em dois momentos – houve uma sessão pela manhã e haverá outra logo mais à noite – no auditório Capa, da Universidade Metodista de São Paulo, no campo Rudge Ramos e é uma parceria entre o programa de Pós Graduação em Comunicação e o curso de Jornalismo.

Ao lado dos professores organizadores e do diretor Nicanor Lopes (da Escola de Comunicação, Educação e Humanidades), participei cerimônia de abertura e também participarei dos debates da turma da noite.

II.

Nos dois períodos, os expositores são os jornalistas e pesquisadores em Comunicação, Ana Caroline de Castro e Marcos Corrêa, Eles foram convidados a apresentar o resultado de suas recentes investigações com objetos relacionados à produção de livros e documentários sobre a formação da consciência política do público e como instrumento de conhecimento da realidade.

Ana Caroline faz uma análise da obra "Livros e subversão: seis estudos" e Corrêa fala sobre o livro de sua autoria, "Filmar operários, registro e ação política de cineastas durante a ditadura militar no Brasil".

III.

A partir dessas temáticas, pudemos, no encontro da manhã, ampliar o escopo da conversa e, creiam, chegar com muita similaridade aos dias atuais. Vivemos tempos difíceis. Há uma necessidade premente, por exemplo, em não capitular diante do discurso hegemônico da mídia tradicional.

A plateia – formada em sua maioria por estudantes de Jornalismo -, tomara, tenha entendido que é vital para o bom jornalismo assumir a inerente ação transformadora da profissão e resistir, sempre.

Ou como já sacramentou lá atrás Millor:

“Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados.”