HOME BLOG CONTATO INDIQUE ESTE SITE
 
BLOG
Blogs no mês 09/2017
Blogs no mês 08/2017
Blogs no mês 07/2017
Blogs no mês 06/2017
Blogs no mês 05/2017
  A pergunta - 31/05/17
  Leonardo Boff, no "El País" - 30/05/17
  Os inocentes - 29/05/17
  Pelas Diretas. Sempre - 28/05/17
  Lições de Odir Cunha - 27/05/17
  Duas vidas - 26/05/17
  Estripulias de um Tchinim envelhecido diante da TV - 25/05/17
  Por um triz... - 24/05/17
  Roger Moore e a enquete do rádio - 23/05/17
  Mariza em São Paulo - 22/05/17
  Diretas Sempre - 21/05/17
  Kid Vinil - 20/05/17
  Ledo e ivo engano - 19/05/17
  Um outro mesmo Brasil - 18/05/17
  Outras palavras - 17/05/17
  Jornalismo Metodista e o novo Projeto Editorial da Folha - 16/05/17
  As palavras do bom baiano - 15/05/17
  Celebrações - 14/05/17
  Bafão entre Edmundo e PVC - 13/05/17
  Bozó em A Força do Querer - 12/05/17
  Os dias continuam assim... - 11/05/17
  Carta ao amigo Nestor - 10/05/17
  O mago da alto-ajuda - 09/05/17
  O Verdão dos Sonhos e o Derby - 100 anos - 07/05/17
  Almir Guineto - 06/05/17
  Duvivier na HBO - 05/05/17
  Liberdade de imprensa - 02/05/17
  Sobre o primeiro de maio - 01/05/17
Blogs no mês 04/2017
Blogs no mês 03/2017
Blogs no mês 02/2017
Blogs no mês 01/2017
Blogs no mês 12/2016
Blogs no mês 11/2016
Blogs no mês 10/2016
Blogs no mês 09/2016
Blogs no mês 08/2016
Blogs no mês 07/2016
Blogs no mês 06/2016
Blogs no mês 05/2016
Blogs no mês 04/2016
Blogs no mês 03/2016
Blogs no mês 02/2016
Blogs no mês 01/2016
Blogs no mês 12/2015
Blogs no mês 11/2015
Blogs no mês 10/2015
Blogs no mês 09/2015
Blogs no mês 08/2015
Blogs no mês 07/2015
Blogs no mês 06/2015
Blogs no mês 05/2015
Blogs no mês 04/2015
Blogs no mês 03/2015
Blogs no mês 02/2015
Blogs no mês 01/2015
Blogs no mês 12/2014
Blogs no mês 11/2014
Blogs no mês 10/2014
Blogs no mês 09/2014
Blogs no mês 08/2014
Blogs no mês 07/2014
Blogs no mês 06/2014
Blogs no mês 05/2014
Blogs no mês 04/2014
Blogs no mês 03/2014
Blogs no mês 02/2014
Blogs no mês 01/2014
Blogs no mês 12/2013
Blogs no mês 11/2013
Blogs no mês 10/2013
Blogs no mês 09/2013
Blogs no mês 08/2013
Blogs no mês 07/2013
Blogs no mês 06/2013
Blogs no mês 05/2013
Blogs no mês 04/2013
Blogs no mês 03/2013
Blogs no mês 02/2013
Blogs no mês 01/2013
Blogs no mês 12/2012
Blogs no mês 11/2012
Blogs no mês 10/2012
Blogs no mês 09/2012
Blogs no mês 08/2012
Blogs no mês 07/2012
Blogs no mês 06/2012
Blogs no mês 05/2012
Blogs no mês 04/2012
Blogs no mês 03/2012
Blogs no mês 02/2012
Blogs no mês 01/2012
Blogs no mês 12/2011
Blogs no mês 11/2011
Blogs no mês 10/2011
Blogs no mês 09/2011
Blogs no mês 08/2011
Blogs no mês 07/2011
Blogs no mês 06/2011
Blogs no mês 05/2011
Blogs no mês 04/2011
Blogs no mês 03/2011
Blogs no mês 02/2011
Blogs no mês 01/2011
Blogs no mês 12/2010
Blogs no mês 11/2010
Blogs no mês 10/2010
Blogs no mês 09/2010
Blogs no mês 08/2010
Blogs no mês 07/2010
Blogs no mês 06/2010
Blogs no mês 05/2010
Blogs no mês 04/2010
Blogs no mês 03/2010
Blogs no mês 02/2010
Blogs no mês 01/2010
Blogs no mês 12/2009
Blogs no mês 11/2009
Blogs no mês 10/2009
Blogs no mês 09/2009
Blogs no mês 08/2009
Blogs no mês 07/2009
Blogs no mês 06/2009
Blogs no mês 05/2009
Blogs no mês 04/2009
Blogs no mês 03/2009
Blogs no mês 02/2009
Blogs no mês 01/2009
Blogs no mês 12/2008
Blogs no mês 11/2008
Blogs no mês 10/2008
Blogs no mês 09/2008
Blogs no mês 08/2008
Blogs no mês 07/2008
Blogs no mês 06/2008
Blogs no mês 05/2008
Blogs no mês 04/2008
Blogs no mês 03/2008
Blogs no mês 02/2008
Blogs no mês 01/2008
Blogs no mês 12/2007
Blogs no mês 11/2007
Blogs no mês 10/2007
Blogs no mês 09/2007
Blogs no mês 08/2007
Blogs no mês 07/2007
Blogs no mês 06/2007
Blogs no mês 05/2007
Blogs no mês 04/2007
Blogs no mês 03/2007
Blogs no mês 02/2007
Blogs no mês 01/2007
Blogs no mês 12/2006
Blogs no mês 11/2006
Blogs no mês 10/2006
Blogs no mês 09/2006
Meu pai faria hoje 100 anos
08/05/2017
 

-- Sou de maio de 17. Dia 8, quase sou do século 19.

O Velho Aldo, meu pai, era homem de poucas palavras (mas, de sorriso cativante). Tinha lá suas convicções, e crenças. Benzia-se seguidamente, por três vezes, antes de deitar. Mas, não era lá de se vangloriar disso ou daquilo.

Achava que o mais importante da vida era viver.

Certa vez, lembro-me bem, ele pagou duas vezes o mesmo imposto ao dono da casa onde morávamos de aluguel. Estávamos de mudança e o avarento locador se fez de bobo, insistiu que havia o débito do IPTU daquele ano.

O pai não guardara os recibos do pagamento e tentou convencê-lo de que estava tudo em dia. Diante da insistência malandra do homem, o Velho Aldo sacou alguns trocados do bolso e fez o pagório, ali mesmo, na minha frente.

À saída, eu o recriminei.

- Puxa, pai, o cara foi bem malandro. Não devia ter pago.

- Bobagem, rapaz, não vou ficar mais pobre por isso. Nem ele vai ficar mais rico do que é. Estou com a consciência tranquila. Agora ele...

II.

Homem simples, nascido e criado na República Federativa do Cambuci, o Velho Aldo parecia não ter outra ambição senão a de criar os filhos e ter o suficiente para viver uma vidinha normal. Sem luxo, mas repleta de diversão.

Foi um valente center-forward do Atlantic e do 1º de Maio nos tempos da APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos), quando o futebol apenas engatinhava. Mas, vou lhes dizer com sinceridade, o esporte preferido do Aldão era mesmo o turfe. Adorava ir ao Jóckey fazer uma fezinha nas patas dos pangarés e, ali, sou testemunha, sua aura resplandecia. Ganhasse (o que raramente acontecia) ou perdesse, a festa era a mesma.

III.

Trabalhou quase toda sua vida. Foi crupiê das Casas Lopes (até que o jogo foi proibido), carregador de rolos de pano, representante comercial e uma espécie de “faz-tudo” no escritório da Vetorazzo Tecidos. Mesmo aposentado, trabalhou por vários anos como balconista na loja de tecidos do tio Antenor, no Ipiranga.

Quando não pode mais trabalhar (problemas no coração), o Calabrês veio morar em São Bernardo do Campo para ficar perto do neto caçula (o meu filho acabara de nascer) e dar uma força para o filhão (eu mesmo).

A partir daí, escreveu um novo capítulo na sua branda história...

Passava o dia na esquina da Oragnoff com a Álvaro Guimarães, no bairro do Planalto. Caminhava entre a padaria e a banca de jornal, proseando com Deus e o mundo que se dispusesse a discutir o noticiário do dia, a falar do Palmeiras, a comentar sobre as moças bonitas que passavam.

O pai era um galanteador, de nascença.

IV.

Um ano após a sua morte (em 1º de setembro de 1999), fomos eu e minha mãe até a igreja São Judas, no bairro, para pedir que se rezasse uma missa pela alma do pai.

Assim que nos viu, o sacristão foi logo nos tranquilizando.

- A missa será manhã às 19 horas. Rezaremos em memória do seu Aldo.

- Como vocês se lembraram? – a mãe perguntou.

E o senhor com uma expressão marota respondeu:

- Não para de vir... pessoas aqui pedindo uma missa em intenção a sua alma. Ele era muito querido aqui no bairro.

A mãe não gostou nada dessas pessoas apressadinhas. Saiu de lá bem desconfiada...

V.

Escrevi muitas crônicas tendo o pai como personagem central. No Blog e nos livros. Vou citar três delas:

+ Oração do Homem Comum (21.12.2001)

+ Meu Periquitinho Verde (30.03.2007)

+ Pai, 90 anos (08.05.2007)

Fiquem à vontade para conferir um pouco mais do meu saudoso pai, Aldo Martino, que nos abençoe hoje e sempre... Saudades.

 
| cadastrar comentário | veja os comentários |
 
 
© 2003 .. 2024 - Rodolfo Martino - Todos os direitos reservados - Desenvolvido por Sicca Soluções.
Auto-biografia
 
 
 
BUSCA PELO SITE