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Apartamento do galã - Parte 2
12/05/2007
 

Continuamos hoje com a série

ESQUECER É PRECISO, MAS NÃO É FÁCIL...

... a resposta do amigo Astrogildo Hugo Tadeu Simões à minha desolada pergunta, com a qual encerrei o post crônica de ontem.

-- Que é isso? Já que estamos aqui, vamos aproveitar.

E partiu direto para cozinha conferir o que havia de bom na geladeira.

-- Astrão, manera. Mal chegamos...

-- Só quero ver se tem água gelada. Está muito calor.

Minutos depois, o Astro voltou para sala. Mastigando algum alimento.

Preferi contemporizar. Fiz que não vi. Na verdade, foi essa a filosofia que adotei para os próximos e imprevisíveis três dias. Mesmo naquela tarde ensolarada, enquanto ajeitava minhas coisas, atormentava-me a voz do amigo Formigão, um dos tantos a dizer não ao convite do Astro para “conhecer o Rio de Janeiro”. Antes da viagem, ele me alertara:

-- É fria, bicho. Salta fora.

Não o ouvi. Não saltei. E agora estava na fria mais acalorada da minha vida. Sem alternativa. Só me restava contar os dias, as horas, os minutos para a volta a Sampa.

E ainda havia o desafio da via Dutra.

II.

O apartamento não era grande. Mas, super transado. Fazia sentido aquela história de que o próprio Marcos Paulo havia confeccionado os móveis. Um tom despojado e rústico caracterizava a decoração. Eu morava num apartamento básico no Ipiranga, 80 metros quadrados de área útil para desfrutarmos; o pai, a mãe e eu. Claro, achei aquele lugar o máximo.

Talvez por isso fiz outra proposta ao Astro.

-- Sua tia está preocupada com o filho no hospital. Vamos ficar aqui no apartamento só o tempo necessário. Dar o menor trabalho possível para ela.

-- Você nem precisava dizer. É isso mesmo.

-- Depois a gente precisa agradecer a hospedagem e visitar seu primo no hospital.

-- Primo? Que primo...

-- O Marcos Paulo, Astro. Você não falou que ele é seu primo sei lá de que grau?

-- Claro, claro. Vamos, sim.

III.

Preciso dizer que não fomos ver o ator no hospital?

Mas, pareceu-me que a senhora também não fazia muita questão. A bem da verdade, foi gentilíssima com a gente e, cá para nós, conhecia o Astro bem mais do que alguém pudesse supor; diria, de outros carnavais.

Não vejo o Astro há tanto tempo, e que ele não nos leia. Mas não era fácil. Carudo que só...

IV

Todos os dias ela aprontava o café da manhã para gente – e se mandava (provavelmente rezando) para o hospital. Nós saíamos cedo. Voltávamos para um banho rápido no fim da tarde e rua. Quando retornávamos, ela já estava dormindo. E assim foi.

Fizemos naqueles três dias o roteiro clássico dos turistas. Conhecemos as praias. Do Leme ao Leblon. Copacabana. Ipanema. Um dia fomos à Barra. Corcovado. Cristo Redentor. Bondinho (o Astro dava um sorriso sinistro toda vez que aquele treco balançava). Cinelândia. Centro do Rio. Lapa. Nada de grande relevância. Salvo duas ou três observações.

A primeira doeu nas pernas e nos pés. Para economizar a grana da gasolina, usávamos – decisão do Astro – o carro o mínimo possível. O negócio era mesmo no pé-dois. Raramente caminhei tanto em minha vida.

V.

Como conseqüência vem o segundo destaque. Bastaram algumas poucas horas de praia para que eu ganhasse um tom de pele vermelho-melancia, de fazer inveja à recém-promovida espécie de hortaliça. Não sei quem me falou ou onde li uma dessas pesquisas importantíssimas para a história da humanidade. A melancia deixou de ser fruta para, depois de anos de estudos científicos, ser aceita no mundo encantado das hortaliças.

Enfim, devo ter ficado uma graça e absolutamente destoante da cor dos praieiros cariocas. A impressão que tinha era de que todos admiravam a passagem deste ser vivo (?) e quase em pele viva que ora lhes escreve. Olhavam mesmo. Especialmente quando deixava escapar um comentário qualquer.

-- Ôrra meu, o Rio é lindôôôô!!!

Falava baixinho. Mas, todos pareciam ouvir e balançar a cabeça com certo desdém.

Vamos ser sinceros. O Astro também estava bem arranjado de amigo.


VI.

Resumo da ópera. Dos três dias que tínhamos planejado ir à praia, só pisei na areia no primeiro, a sexta. Nos outros dois, impossível. Bastava eu sentir o sol no ombro para que a ardência me levasse a procurar a proteção da primeira sombra. Ir a praia de camisa, nem pensar. Quer dizer, nem pensar para mim. Porque o Astro foi. Nessas horas, pacientemente o aguardava sob a marquise de algum prédio, em algum boteco, ponto de ônibus coberto ou qualquer outro fiapo de sombra - vestido da cabeça aos pés.

Entre um “meerrrrmão” (que ainda hoje imagino traduzir do carioquês como ‘meu irmão’) para cá e outro “meuquiurido” ('meu querido', óbvio) pra lá, os minutos, as horas e os dias se passaram.

Óbvio que nenhuma “garota de Ipanema” ou do Leblon ou do Leme ou de Madureira se dignou a olhar o Melancia aqui. Óbvio também que as festas com os artistas globais não passaram de folguedos imaginosos do Astrão. Óbvio que no domingo pela manhã quando nos despedimos, a senhora foi gentil e educada. Mas, óbvio também que se mostrava mais feliz do que o costumeiro, mesmo com o filho ainda no hospital.

Ainda lembro a despedida. O Astro todo educado:

-- Melhoras ao Marcos Paulo, tia. Dê a ele minhas condolências.

-- Recomendações, Astro. Recomendações -- corrigi o mais rápido que pude.

Acho que foi o sol que tomamos na cabeça.

-- Dê a ele minhas recomendações, tia - consertou ele.

Mas, a tia não se comoveu, foi firme na resposta.

-- Da próxima vez, Astro, lembre-se: avise ANTES que vem. Avise ANTES. Vão com Deus! Boa viagem!

VII.

E lá fomos nós enfrentar a via Dutra num Fusca 62.

Não sei o porquê, mas hoje ao narrar essa história e acompanhando as andanças do papa Bento XVI pelo Vale do Paraíba, me veio uma súbita recordação.

Por diversas vezes, em diversos trechos alternados da rodovia -- em Pinda, Roseira, Guaratinguetá, Aparecida, Taubaté e até em Caçapava -- vi o mesmo policial rodoviário fazer sinal, com as duas mãos, para o Astro maneirar na velocidade. E imediatamente o meu amigo - que não era de maneirar - maneirava, silenciosamente.

Olhe que Deus me perdoe se for heresia. Pode ser o sol na cabeça que, desde então, venho tomando vida afora. Mas, preciso e vou dizer: o policial errante era muito parecido com o Santo Frei Galvão, o primeiro santo nascido no Brasil e canonizado ontem pelo papa.

Vocês não acreditam?

Melhoraria algo se lhes lembrasse o "vão-com-Deus" da senhora? E se eu lhes dissesse que passei rezando as seis horas e meia da viagem? Está bem, concordo, seria exagero dizer que foi milagre.

Mas, o que vocês acham? Sinceramente...

 
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