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Somos todos Rubião
10/09/2007
 

Meu grau de dispersão bate recordes inimagináveis às segundas. Depois de um fim-de-semana prolongado, então, me sinto um trapo.

Não me recomendaria a qualquer tarefa.

Se por acaso, fosse me dado o ofício de tomar conta de duas tartarugas, estou certo que uma delas escaparia. Não seria surpresa que as duas me dessem um desconsertante vai-e-vem...

Colaboram para tanto e tamanho, este belo dia de sol, a proximidade da primavera, a idéia ainda que longínqua de uma viagem no fim de ano.

Será que exagero?

É certo, porém, que nesta segunda tenho companhia singular. São as personagens do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, que li vorazmente entre sábado e domingo. Escrito em 1891, impressionou-me a atualidade de todos elas. Inclusive do filósofo, que dá nome ao livro e morre logo nos primeiros capítulos. Antes, porém, consagra duas imorredouras verdades, ditas ao amigo e herdeiro Rubião, o verdadeiro protagonista da trama.

“Filosofia é uma coisa. Morrer de verdade é outra”.

“Ao vencedor, as batatas”.

II.

Como lhes explicar?

Sei que Rubião, Sofia, Palha, Carlos Maria, Dona Fernanda, Maria Benedita, o major, Camacho e o cão a quem o dono lhe deu o próprio nome antes de ir-se desta para melhor, Quincas Borba – pois todos eles estão a instar-me uma melhor compreensão de seus atos e do que o destino lhes reservou.

Pergunto-me, com alguma apreensão, se essas inquietações são deles ou estão em mim e urgem respostas?

Vá saber...

III.

É a terceira vez que repasso a obra. A primeiro que a coloco num patamar de igualdade a Memórias Póstumas de Brás Cubas – onde, aliás, surge o andarilho Quincas Borba – e Dom Casmurro, um de meus romances preferidos.

Aos 15/16 anos, apanhei o livro, de capa dura e verde, na estante da Biblioteca Municipal do Ipiranga. Da narrativa, ficou-me, por motivos óbvios, o perigoso jogo de sedução da bela Sofia a endoidecer os convivas das noites dançantes, o desarvorado Rubião e a mim próprio que, como meus leitores bem sabem, tenho uma inequívoca tendência a ficar imaginando coisas.

Naquela idade, então...

Ombros nus, decotes ousados, “era a mais esbelta das mulheres da Corte”.

Todas as mulheres tomaram formas e trejeitos de Sofia a esgrimir o sim e o não e a divertir-se diante de corações dilacerados pela dúvida.

Registro histórico: achei a personagem parecidíssima com uma certa Ligia que não me saía da cabeça...

III.

Mas, saltemos essa fase de amores primeiros.

Lá pelos 30, quando descobri Fernando Sabino – outro autor decisivo na minha formação –, dei de tornar a ler Machado. Naquela ocasião, não me importou tanto a beleza de Sofia, nem os infortúnios de Rubião. Mas, sim, o proceder velhaco e oportunista de Palha, o venturoso marido de Sofia. Ele negociava com os encantos da mulher. Fartava-se em exibi-la em público, permitia que aventureiros a cortejassem e, muitas vezes, chegassem a situações limites. Tudo para abrir espaços entre os nobres e os ricos.

Usou do fascínio que a moça inspirava em Rubião para tomar-lhe empréstimos que, ao que consta no livro, nunca quitou, e outras benesses financeiras.

Estávamos no Brasil dos estertores da ditadura, a questão ética era soberana. Creio que me deixei levar pelo tom épico do momento.

IV.

A leitura do fim-de-semana foi ótima. Sofia continua lindíssima, uma princesa – e perigosa. Palha confirmou-se como um velhaco aproveitador e Rubião, um desafortunado. O livro prova isto por a + b. No entanto, nunca antes me veio a idéia de como os homens se parecem com Rubião – para tanto, basta apaixonarem-se. Se vêem, então, comio reféns de um sonho por vezes tão próximo de se realizar. Uma realidade quase sempre inverossímil aos olhos da amada que, à moda de Sofia, conduz com maestria o jogo dos amores e da vida.

Não sei quem ganha e quem perde, quem ri e quem chora. Na ficção e na vida real. Não me apraz entrar em juízos de valor. Também não vou além, pois temo lhes estragar o prazer dessa leitura, caso queiram retomar a notável obra de Machado de Assis. Em todo caso, encerro à moda do filósofo que morre antes, mas perpassa por todo o livro a única verdade inexorável.

“Ao vencedor, as batatas.”

Além do que, mesmo numa modorrenta segunda-feira, não é demais ficar atento:

“Filosofia é uma coisa. Morrer de verdade é outra”.

 
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