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De tempos em tempos - Parte 4
09/03/2008
 

VI.

Pois há que se viver enquanto é tempo de...

VII.

Um relato tocante sobre o tempo que não se recupera.

Ela:

Da última vez que eu o vi, pude lhe dizer o quanto estava bonito. Paletó de linho branco, desestruturado, sobre uma camiseta com listas horizontais, finas, em azul e branco. Cabelos em desalinho, raspados na nuca e o mesmo olhar de menino assustado que tanto me encantou desde que eu o conheci.

Ele ficou feliz - e algo sem graça.

Era um homem tímido e sensível.

Fui visitá-lo de surpresa num fim de tarde em seu estúdio de trabalho. Amigos comuns me alertaram que ele não andava nada bem.

Me recebeu como de habito, elegante e afável, apesar do longo tempo em que não nos víamos. Em segundos, recuperamos a antiga cumplicidade.

Quando percebemos já era noite.

Pediu que eu jantasse com ele. Não houve porquê recusar.

Tomamos sopa juntos - ele não podia comer nada pesado.

E ele até me fez uma surpresa.

Havia comprado bombons de damasco que eu tanto gosto. Trouxe em uma bandeja de cristal, alinhados em três fileiras. Ao me oferecer, tinha um sorriso sedutor e travesso.

Perguntei qual a razão daquelas delícias ali, se não podia comer doces. Era muita tentação, como ele resistia?

Precisou de alguns segundos para responder:

-- Fácil. Os bombons e eu esperávamos você.

Vivi uma noite rara. De encanto e delicadezas.

Colocamos a conversa em dia e até falamos confiantes do futuro que, esquecemos naquela fantasia, para ele talvez não existisse.

No caminho de volta para casa, enquanto dirigia meu carro, me veio o sobressalto: a sensação de que não lhe restava muito tempo.

Chorei em silêncio.

Passaram-se alguns dias e ele me ligou.

Conversamos sobre os planos que fizemos.

Em seguida, me fez um convite.

Queria que desenvolvêssemos aqueles projetos juntos.

Insistiu.

Percebi uma certa angústia naquele apelo.

Estava com minha agenda profissional lotada de afazeres. Não havia como escapar desses compromissos. Tentei lhe dizer. Mas, no fundo, eu sabia.

Era uma estratégia.

Ele tinha clareza de tudo.

Mesmo assim, apostou viver cada segundo.

Um gesto de coragem.

Queria alguém ao lado dele, com dedicação integral. Que ficasse o tempo inteiro por perto. Eu...

Não pude aceitar.

Na verdade, não tive forças para aceitar.

Fiquei com medo.

Devo confessar.
Medo de vê-lo morrer,

Foi egoísmo, talvez.

Talvez não estivesse à altura da missão.

Sempre fui muito insegura.

Hoje me arrependo.

O que me custaria?

Por vezes, passamos tanto tempo à toa.

Em outras, nos dedicamos a quem não merece.

Então?

Repito: o que me custaria?

Não há como voltar o tempo.

Que tristeza.

À noite, tem vez que acordo com a sensação de nunca cheguei a lhe dizer, com todas as palavras que ele merecia ouvir, o quanto eu lhe amava e amo.

Mesmo assim, no sonho/delírio, ele sorri compreensivo e, sei lá o motivo, há um perfume no ar. Um perfume bom de chocolate e damasco...

 
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