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Aos pedaços *
03/05/2008
 

Para não lhe empedrar o coração de vez, Berto decidiu não ficar naquela cidade nem mais um dia. Não teria como olhar para os camaradas. Não teria como enfrentar o novo gerente geral, que o substituíria. Verdade verdadeira, insuportável mesmo seria ver Luci e ter de enfrentar, diriamente, aquele sorriso e todos os sonhos que se estilhaçaram numa curva do destino. Só lembrar o dia de ontem e o coração pinoteia a lhe azedar a alma e a vida.

Vida?

Que seria da sua vida agora, sem emprego e sem Luci?

Juntou as tralhas, o tantinho de economias que guardara de olho nos finalmentes do casamento e mais a indenização, tem uns bons trocados. Atravessou a avenida sem qualquer certeza, sem qualquer rumo.

Subiu no primeiro ônibus que passou. Nem leu o letreiro. Um autômato seria mais senhor das próprias vontades. O que seria da sua vida? Não queria pensar. Melhor dizendo, precisava não pensar.

O ponto final no Parque Dom Pedro dava para a estação do Metrô. Desceu com a convicção de quem se vê obrigado a deixar tudo para trás. Aquela gente disforme, a cidade inóspita, o calor abafado, tudo e todos o estavam cuspindo para fora. Na mente, a única certeza. Queria estar longe dali. Talvez fosse o fim de tanto de todas as dores, de tanto sofrimento.

14h20. Olhou o relógio da estação para confirmar o horário que indicava o mostrador "made in Paraguai" que trazia no pulso. Se o destino o trouxera até ali, é porque era para ser assim – e assim teria que ser agora. A decisão já estava tomada. A única que lhe restara. O trem com destino à Santana se aproximava e a multidão se inquietou a procura do melhor lugar para o embarque.

É agora ou nunca, pensou.

Sabe bem o que deve fazer. Mas, não pode pensar duas vezes; senão não teria coragem. Por mais que tente, não consegue entender o amor de Luci, da sua Luci com seo Camargo. Uma ardência aquece dolorosamente o peito, sua frio...

Não pode mais se enganar.

É ida sem volta e ponto final.

Apressa o passo e divisa a faixa amarela de segurança no piso gelado de cimento. Tem que estar ali quando o momento chegar. Os carros do metrô vão preenchendo todos os horizontes, como se nada mais houvesse se não aquele muro espelhado que se forma à sua frente. Precipita-se em meio à multidão, sem pensar e, aos trancos e barrancos, se atira...

... para dentro do vagão.

Está aliviado e cheio de planos. Parece outro homem

Voltar a terra de onde veio - o que mais lhe restou neste mundão de meu Deus?

“Lá sou amigo do rei. Terei a mulher que eu quero na cama que escolherei" -- ouviu a frase, de um bacana, um tal senhor Bandeira, que guardava uma relíquia, um Prefect 50, lá no estacionamento, em que foi gerente geral por tantos anos. Inesquecíveis anos. Ali, era seu emprego, sua casa, sua vida. Ali, conheceu Luci, a única mulher da sua vida. Ali, também a perdeu...

Os amigos lhe diziam que o velho Bandeira sabia das coisas. Deviam ter razão.

Só não entende porque repetiu a frase. Não é amigo de rei algum, sequer sabe o nome do atual prefeito da cidade onde nasceu e para onde vai. De resto, as únicas mulheres que conhece, naquele lugar, é a mãe e a irmã. Além do que, guarda uma certeza no seu coração que, mesmo aos pedaços, não saberá esquecer Luci, aquela ingrata.

(* Trecho do livro que nunca terminei de escrever. Os originais andam pela aí, pelas minhas bagunçadas gavetas, em arquivos esquecidos de um velho computador sem uso, em alguma pasta da velha estante. Ou seja, andam perdidos e aos pedaços, como o coração do nosso protagonista. )

 
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