20 minutos

Foto: Reprodução do WhatsAap

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Dizia-se pelos entremeios da redação da Folha de S.Paulo que o saudoso cronista Carlos Heitor Cony (1926/2018) escrevia seu texto diário – uma pensata de aproximadamente 1400 caracteres ‘sobre tudo e o nada’ – em 20 minutos. Pouco mais, pouco menos.

O homem era fera no batucar das letras e na fluência das ideias.

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Assunto nunca lhe faltou.

A verdade de cada dia era a pauta preferida.

O ato e o fato.

Não raras vezes, as maltraçadas embicavam para outros tantos e diversos assuntos.

Das filigranas de uma ópera aos meandros do futebol (ele era Tricolor, das Laranejeiras, foi o único a defender o centroavante Fred, na Copa de 2014, a tragicômica).

Das tramas de um clássico da literatura à lembrança de um amigo ou de um caso antigo desses que nos assombram pela fina sensibilidade da narrativa.

Talvez sua crônica mais famosa seja “Mila”, uma derradeira ode de amor à cadelinha com quem conviveu por anos e anos.

(Clique AQUI para ler.)

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Não preciso dizer, mas digo que Cony é minha referência como cronista, romancista e jornalista.

Tenho quase todos os seus livros – e uma farta coleção de recortes de suas colunas na Folha que prezo como quem guarda um tesouro.

(Tenho um projetinho sempre adiado de reler um a um esses textos embalados em pura saudade. Para assim reviver, de forma singela, os anos mais antigos do passado.)

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Pendurei meu blablabá de hoje nessa lembrança – e lhes explico.

Por força de um compromisso familiar, tenho prazo d 20 minutos para escrever e postar a crônica de hoje.

Nem sequer tema eu tinha em mãos.

Recorri ao que primeiro me veio a mente para saldar meu compromisso com os leitores e homenagear o grande Cony.

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Claro que não ouso qualquer comparação com o notável escritor, corri atrás do que pude. Levei alguns bons minutos a mais do prazo que me foi dado, mas querem saber: gostei do resultado.

É sempre bom lembrar um grande mestre.

Gratidão!

Até manhã, gentes!

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E por falar em lembranças…