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Crônicas de Viagens – Óbidos

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Foto: Óbidos/divulgação
54 – A Pérola de Portugal
Hoje, acordei bem.

Tive um sonho bom.

Não, não é nada do que possam maliciosamente imaginar meus improváveis leitores.

Ando numa fase e numa idade que qualquer “olá” que recebo já me soa como a mais linda canção de afeto e amizade.

Mesmo assim, insisto.

A trama do sonho revelou a cumplicidade que, é certo, temos (eu e ela) apesar da distância que nos separa.

Bem verdade que tomamos cuidados para não assumi-la publicamente.

Ela, porque é por natureza nobre, silenciosa e – vá lá! – enigmática.

Eu, porque não saberia explicar todo esse envolvimento sem parecer, digamos, piegas.

Detesto que me vejam como o sentimentalóide que sou – e não há como disfarçar.

Sei bem que uma relação desse porte, com tantas e tamanhas diferenças que há entre o cá e o lá, não seria de fácil assimilação aos olhos dos comuns.

De qualquer forma, acordei feliz – e é o que me basta.

Não me venham com história de que tudo não passou delírios pictóricos, ilusão e cousa e lousa.

Ela estava tão gentil ao me receber.

Diria que, ao lembrar aquele vago caminhar pelas alamedas, pude lhe perceber um sorriso de entrega, sabe aquele? Então…

Talvez fosse a voz do vento que me encorajou seguir adiante.

Talvez fosse a sensação de que (vá lá!) nos conhecemos desde sempre.

Talvez de outras vidas. Por que não?

A bem da verdade, sei pouco da sua história.

Fala de reis e rainhas apaixonados, recanto de amores possíveis ou não, com o mar sempre por perto em seu extraordinário fascínio.

A tantos e tantos bastou o primeiro olhar para se sentirem cativos, entregues. Impulsivamente românticos.

Eu, inclusive.

Não lembro como o sonho começou (a gente nunca lembra de como os sonhos se iniciam, reparem). Menos ainda como terminou – e se terminou.

Desconfio que passarei o dia neste devaneio, mesmo de olhos bem abertos.

Visitei a VILA DE ÓBIDOS, em Portugal, há muitos anos. Tantos e tantos…

Desde então ela (a cidade) não se deixa esquecer como uma ideia que existe na cabeça – e não tem a menor pretensão de acontecer… Ou tem?

Revê-la seria mesmo a realização de um sonho tão belo quanto singelo.

(Pena que seja só uma pobre rima – e não uma solução!)

* Baseado no texto originalmente publicado em 03/02/2013 

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