Futebol é momento.
Em algum momento de nossa vida de torcedor, ouvimos e/ou dissemos a frase que tem peso de verdade absoluta.
Por isso, considero um crime de lesa-futebol a venda do menino André ao Dínamo de Kiev, na simpática Ucrânia.
Que me perdoem todos os interessados no bom negócio – inclusive o próprio atleta que terá um considerável ganho na transação orçada aí por volta de 16 ou 18 milhões de reais. (Li nos portais as duas cifras)
André é um atacante diferenciado. Sabe jogar, sabe fazer gol. Refinado no toque de bola, oportunista nas finalizações. Sem contar que encaixou-se perfeitamente ao estilo desse novo Santos que tem Neymar, Ganso e Robinho como estrelas, mas outros tantos boleiros de bom nível técnico.
Citaria o próprio André, Wesley, Arouca, entre os tais.
A oportunidade – o momento, como queiram – os reuniu e pudemos assistir nos primeiros meses do ano um futebol alegre e eficiente como há tempos não víamos por essas plagas.
Todos têm notáveis chances de evoluírem se for preservado esse congraçamento de talentos.
Ao contrario, se começar a dispersão do um pra cá e dois pra lá – e põe lá nisso! Afinal a Ucrânia não é logo ali), perderemos outra plêiade de bons valores que inevitavelmente – e por pura precipitação – se tornarão os tais jogadores normais, com lampejos de craques.
Ele próprio já anunciou que vai já pensando na volta.
Em um ou dois anos quer voltar para a Vila.
Mas, aí, amigos, ele não será mais o mesmo André.
Nem o Santos estará vivendo o momento iluminado que hoje vive…
** FOTO NO BLOG: Jô Rabelo