Não registrei o passamento de José Wilker.
Um dos meus cinco ou seis amáveis leitores me pede algumas palavras.
Não sei se tenho algo a acrescentar à tristeza que todos sentimos com a notícia que explodiu implacável na manhã de sábado.
O que posso lhes dizer?
Sempre admirei – e admiro – pessoas que se entregam totalmente ao trabalho que desempenham. Não por questões econômicas; mas, sim, como uma missão que, em última analise, é inerente a própria aventura de viver.
De tudo o que ouvi, vi e li sobre José Wilker, ficou bem evidenciado o envolvimento do ator, diretor e crítico de cinema com a arte de representar em sua singeleza e amplitude.
Destaco, no entanto, neste humilde registro, o depoimento do cineasta Cacá Diegues, publicado ontem na Folha de S.Paulo:
“O grande artista foi embora, mas a sua obra está aí para sempre, a serviço nosso e de nossos filhos, netos, assim por diante. O que ele fez e deixou para nós será sempre imortal. Como no poema de Rimbaud, José Wilker é um oceano azul no horizonte no qual se encontra a eternidade.”