Tentei assistir a goleada que a seleção brasileira sub-20 aplicou no Senegal (5×0), mas não consegui. O jogo começou à uma da matina, e foi transmitido pela Band.
Leio hoje no blog do Stycer que o Jornal da Band foi ao ar depois da partida, das 3 às 3h41 e que o apresentador Boris Casoy segurou a onda na maior elegância e, de boa, despediu-se dos telespectadores que resistiram até então com um sonoro “Bom Dia!”
Vida de jornalista não é fácil.
Lembro que em junho de 2002 – lá se vão 13 anos – o jogo Brasil e Inglaterra, pelo Mundial do Japão e Coréia, começou às três da madrugada e o desafio dos jornais impressos era chegar às bancas, às seis da manhã, com a cobertura completa da partida, vencida pelo Brasil por 2 a 1, com um golaço do Ronaldinho Gaúcho.
Foi um perereco, mas deu tudo certo.
Naquele período, eu era professor/editor do Rudge Ramos Jornal, publicação laboratorial dos estudantes de Jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo.
Junto com outro professor/editor, o Marcelo Pimentel, armamos um esquema para dar essa vivência aos alunos que faziam estágio na redação do Rudge. Passamos a madrugada na lida e, na manhã do dia seguinte, lá estava o combativo RRJ na rua, junto com os chamados jornalões, anunciando a vitória seleção brasileira que seguia, firme, rumo ao penta.
Foi uma noite inesquecível para todos nós que participamos da façanha.
Ainda no lançamento do meu livro “Volteios” (em dezembro de 2013), alguns desses alunos (agora jornalistas notáveis) estiveram presentes – e pude ouvir de um deles a boa lembrança daquele dia:
– Foi a primeira vez que a gente se sentiu um jornalista de verdade, professor.