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Nélson Gonçalves, 100 anos

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O tio Toninho era fãnzaço de Nélson Gonçalves, o cantor.

Para ele – e para muitos -, não havia melhor à época.

E, olhem, que a concorrência era grande. Orlando Silva, Sílvio Caldas, Carlos Galhardo e Chico Alves (que morreu num acidente de automóvel, mas continuou muito cultuado).

Óbvio que falo de um tempo pré- bossa nova, pré- Roberto Carlos etc etc.

Ainda hoje, creio, há quem pense assim. Mais de uma vez, ouvi alguém dizer que o Boêmio foi o “Frank Sinatra brasileiro”.

Não meto minha colher de pau no melaço dessa discussão.

Gosto de todos os aí acima supracitados.

Diria que tenho um gosto eclético

Tem dia que é de MPB das antigas, tem dia que é de bossa, tem dia que é de roque, tem dia que é fundamental ouvir o vozeirão de Nélson Gonçalves…

Neste ano, em junho, se bem digo, celebraremos os 100 anos de nascimento do grande cantor.

É justo que seja lembrado, homenageado – e sua extensa obra revista e  ainda mais conhecida das novas gerações.

Soube que, no Rio de Janeiro, está em cartaz um musical sobre a atribulada vida deste gaúcho de Santana do Livramento, mas criado em São Paulo.

Chama-se Nélson Gonçalves – O Tempo e o Amor.

Parece interessante.

Assim que terminar a temporada no Rio, vem para São Paulo. Talvez em março. Recomendo, assim no escuro, mesmo sem ver.

Vou anotar na minha agenda de papel. Não posso perder. Tenho certeza que vou gostar – e, de uma forma bem pessoal, reverenciar a memória de Nélsão e do saudoso Tio Toninho.

Que Deus os guarde, e não se esqueça, nunquinha, de nós.

 

Foto: acervo O Globo

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