Foto: Reprodução
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Não sei se o Google vai me cobrar os direitos autorais da ilustração de hoje.
Espero que os bambambãs da empresa sejam compreensivos com este desajeitado escrevinhador.
Entendam que tal (e indevido?) uso é, sim, para repercutir e endossar a bela homenagem (em âmbito internacional, inclusive) que a empresa fez ontem ao centenário da atriz brasileira Ruth de Souza.
Nasceu em 12 de maio de 1921 no Rio de Janeiro.
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Eu pelo menos me senti sensibilizado com a lembrança.
Lembrança que, ao que pude constatar e é de praxe, passou batido à maioria de nossos meios de comunicação.
Uma coisinha aqui, citação ali.
Nada que verdadeiramente desse a dimensão exata da contribuição que Dona Ruth deu às artes cênicas brasileiras.
Dona Ruth, assim era chamada e merecidamente aclamada nos últimos anos de vida.
Morreu em 2019.
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Foi uma extraordinária artista.
Mais de vinte e tantas novelas, pra lá de 30 filmes, incontáveis peças teatrais.
Uma pioneira na arte e na vida.
Fez parte do Teatro Experimental Negro (1945), grupo criado por outro histórico ator, Abdias Nascimento.
A primeira atriz negra que atuou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro ao integrar o elenco da montagem de O Imperador Jones.
E por aí foi…
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Neste meu humilde posto de observação, fico a pensar os entraves e os preconceitos que Dona Ruth precisou tirar do caminho para chegar até onde chegou. Por ser mulher, por ser negra, brasileira e acreditar que o Brasil, então o País do futuro, seria o eldorado de um novo tempo. Inclusivo, generoso e fraterno.
Fica o legado, o legado de amor e coragem.
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Ontem a atriz Zezé Motta lhe fez uma singela homenagem em suas redes sociais:
“100 anos da nossa Ruth de Souza. O centenário de uma rainha. Amplamente considerada uma das primeiras atrizes de teatro negro da história do Brasil. Com apresentações em teatro, televisão e cinema, Ruth abriu caminho para os futuros artistas afro-brasileiros. A minha sorte de ver vivido e trabalhado inúmeras vezes com ela.”
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O que você acha?