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Escova, o caradepau

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Foto: São José do Barreiro/Arquivo Pessoal

Gosto de ter notícias do Escova.

Amigo de longa data, repórter dos bons em meus abissais primórdios na velha redação, um ser brincante (o que é raro na nossa idade) e, como ele mesmo se define, feliz:

“Não em tempo integral, mas feliz”.

Só nos falamos (?) por zap desde que embarcou para Paris, onde se autoexilou, desde o Golpe de 2016.

Mas, isso o amigo leitor já sabe de tanto que escrevo e reescrevo.

Perdoem-me a insistência, mas dizem que tem que ser assim pela “a audiência rotativa” do Blog.

Escova se diz ombudsman deste humilde espaço desde os primeiros dias.

Ele próprio se arvorou à função para a qual eu nunca o designei oficialmente.

Nem foi preciso.

Gosto de suas observações. Voluntárias e, por vezes, debochadas.

Agora mesmo ele, a título de me dar Bom Ano, me parabeniza pela iniciativa de blogar nesses dias de janeiro – coisa que raramente fiz nesses 16 pra 17 anos de postagens.

Diz em tom de adivinhação que “provavelmente deve estar chovendo em São José do Barreiro” onde me encontro.

Daí, a minha produção.

Acertou, o caradepau.

Chove pra caramba aqui no cafundós do Vale do Paraíba.

Mas, não sei se é só por isso que batuco minhas coisicas.

Tem muita coisa acontecendo…

Fico aqui, olhando a chuva e me coçando para escrever.

Escova também ressalta que dois textos que postei recentemente, seguramente, estarão entre os melhores do ano:

“Viva o povo brasileiro”

e

“Vocês existem e são valiosos para nós”

Perceberam a ironia do parisiense adotivo?

Nenhum dos dois é de minha autoria.

O primeiro traz a fala do presidente Lula no parlatório no dia da posse.

O segundo reúne trechos do pronunciamento do ministro Sílvio Almeida como titular do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

“São belíssimas cartas de intenções” – esclarece o amigo Escova.

E arremata, bem a seu feitio:

“Será importante cumpri-las à risca e sob qualquer risco”.

Para isso são os eleitos e os escolhidos.

“Democracia sempre!”

Escova agradeceu o exemplar do meu novo livro – A Cor da Vida e outros contos ligeiramente românticos – que lhe enviei como presente de Natal.

Mas, essa é uma outra história que fica para uma próxima vez.

(Escova reclama que escrevo muito – e isso, nos conformes da modernidade não é on.)

Enfim…

Bom fim de semana, rapaziada!

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