Foto: Santuário de Fátima, Portugal/Arquivo Pessoal
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Estou para conhecer brasileiro que, em visita a Portugal, não passe pelo Santuário construído no lugar da aparição da Virgem aos pastores, Lúcia, Jacinta e Francisco.
Estou para conhecer quem, ali estando, não se emocione diante de tantas e tamanhas manifestações de fé e religiosidade.
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Fátima não é propriamente uma cidade bonita.
Quando se anda pelos quadrantes de Terrinha Ancestral, outras tantas belezas nos movem a aldeias e lugares encantadores. Citaria de imediato Évora, Tomar, Figueira da Foz, Coimbra e os arredores litorâneos de Lisboa.
Não vou sequer citar a Capital e o Porto que são atrações à parte – e obrigatórias a todo viajante.
Ora, pois, pois.
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Façamos uma pausa para lembrar que hoje, 13 de maio, é mundialmente reverenciado, pelos católicos, como o dia de Nossa Senhora de Fátima.
Uma multidão de fiéis do mundo todo acorre à cidade de Fátima.
O atual arcebispo de Porto Alegre (RS), o cardeal brasileiro Dom Jaime Spengler, é quem preside a peregrinação internacional em louvor, devoção e honra à Virgem do Rosário que, em 13 de maio de 1917, apareceu aos pastorinhos pela primeira vez, numa região chamada Cova da Iria.
As aparições se repetiram todo o dia 13 até outubro daquele mesmo ano.
A Mãe de Deus e Nossa rogou às três crianças (entre 7 e 13 anos) que piamente rezassem o rosário, com fé e amor. Era o que o mundo mais precisava naquela período de tribulações (que, registre-se, antecedeu a Primeira Grande Guerra).
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Resgato essas informações do breviário que guardo dos tempos do colégio marista.
Fico cá a pensar.
É possível fazer algumas analogias com o correr dos dias que hoje vivemos?
Creio que sim.
Ocorre-me a lembrança da última visita que o Papa Francisco (1936/2025) fez ao Santuário de Fátima.
Foi em 2023 durante a Jornada Mundial da Juventude.
Ficou célebre a imagem de Francisco, de joelhos diante do altar da capelinha onde se deram as aparições, a rezar pelo fim da guerra no coração da Europa entre Rússia e Ucrânia e de todas as guerras, mundo afora.
Pouco ou nada mudou, desde então.
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Sei bem o que me dirá o cético leitor:
“Não serão unicamente as orações que vão livrar o mundo de todos os males que hoje nos afligem”.
Entendo e compreendo.
Diria que já se faz um bom começo juntarmos as nossas preces à reflexão, mais do que necessária, do quanto somos responsáveis pela escolha dos arremedos de tiranos e seus infaustos seguidores e colaboradores [a incluir-se aqui os falsos profetas, os midíaticos supostos senhores do Poder e das redes socais e toda espécie de intolerantes, ímpios e nefastos].
Talvez, a partir de então, e inspiradas pelo dom da fraternidade, tenhamos alguma chance de descobrir o Divino em nós e, nessa toada, enfim encontrar o caminho da paz e da plena justiça social.
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Sejamos, pois, peregrinos da fé em solidário testemunho de amor que, este sim, possa mudar os rumos da Humanidade:
Que a Santíssima de Fátima olhe por nós…
E nos afaste do ódio, do egoísmo, dos rancores e da soberba.
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O que você acha?