Foto: a emblemática cena de Ursula Andrews no filme 007 contra o Satânico Dr. No (1962)
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Divertidas as nostálgicas lembranças que, involuntariamente, provocou o post/crônica Na Lanchonete do Seu Oswaldo que, aqui, publicamos na segunda, dia 18.
Foi um festival de recordações.
Recordar é viver, diz aquela velha e conhecida marchinha carnavalesca.
Curioso, é que também surgiram algumas questões, digamos, que ficaram esmaecidas pelo tempo, aquele que não para no porto, não apita na curva e não espera ninguém.
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Uma dúvida que ficou sem resposta objetiva é quanto aos três posters que ornamentavam a parede do fundo da recém-inaugurada lanchonete. Na memória dos meus pares, todos se recordam de dois deles, de fato, estavam ali a representar o sucesso da época:
1) o do ator Terence Stamp, rosto transtornado nos moldes do personagem que representou no filme “Teorema”, do diretor italiano Pasolini.
2) o registro da memorável cena em que a bela Ursula Andrews emerge das ondas do mar no filme “007 contra o Satânico Dr. No”.
O terceiro poster, porém, ainda é um mistério. A priori, pareceu-me lembrar da também icônica cena de Jane Fonda ao sugerir um quase striptease como a intergalática astronauta no filme “Barbarella”.
Mas, não tenho certeza
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Alguns leitores, contemporâneos deste que vos escreve, discordaram.
Falaram em outras de nossas muitas musas das telas do cinema.
Citaram que a estampa era da também loira, curvilínea e bela Rachel Welch, também protagonista de um dos filmes da série do 007.
Escova, dos arredores do Paris, e talvez influenciado pelos ares locais, zapeou sua quase certeza que a terceira imagem era da estonteante Brigite Bardot, nos áureos tempos do filme “E Deus Criou a Mulher”, de Roger Vadim.
Não temos o veredicto final.
Falta-nos a prova cabal.
Sigamos na dúvida…
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Outra questão que gerou polêmica:
A Lanchonete do Seu Oswaldo foi a primeira a funcionar no bairro do Ipiranga?
Sinceramente, e sem entrar no mérito da causa, não tenho como lhes garantir.
Alguns quarteirões adiante, na mesma rua Bom Pastor esquina com a rua Moreira e Costa, existia a então badalada Fefe’s Dog. Quem se lembra? Digamos que era o point da rapaziada, ficava estrategicamente próxima a dois colégios o Assis Reis e o IV° Centenário e nos arredores do colégio “São Francisco Xavier”.
Não sei quem veio primeiro.
E nunca me ocorreu de perguntar ao próprio Seu Oswaldo em nossas conversas.
Achei que não seria de bom tom.
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Outras lanchonetes da moda foram lembradas após aquele texto – A Jangada e a Cascata (nas imediações da rua Silva Bueno) e a LanXereta na rua Costa Aguiar próxima à rua dos Sorocabanos). Outra pioneira foi a Chapa, mas já um tanto distante, arredores da Lins de Vasconcelos, no Cambuci.
Desconfio que essas vieram já nos embalos dos anos 70.
Enfim…
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Éramos jovens e inconsequentes.
Vivíamos entre as canções dos Beatles, os sonhos e os hambúrgueres.
Tínhamos as domingueiras dançantes do Clube Atlético Ypiranga nos ginásio da rua Xavier Curado e, vez ou outra, quando estávamos inspirados, íamos tomar café no fim da noite, no aeroporto de Congonhas.
Mas, esse talvez seja assunto para outra crônica. Quem sabe?
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TRILHA SONORA
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O que você acha?