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O julgamento

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Ministro Alexandre de Moraes na sessão de terça no STF/Foto: Gustavo Moreno

Escrevo ou não escrevo?

Estou aqui nesta tarde de terça-feira (9) diante da tela do notebook.

Gostaria de rabiscar o post/crônica desta quarta.

Tenho um compromisso logo pela manhã, gostaria de deixar o texto pronto, então…

Vou arriscar.

Na tela do celular, aqui ao lado, acompanho o pronunciamento do ministro Alexandre de Moraes fazer sua argumentação no julgamento do dia, do ano e, digamos que por enquanto, do século.

O ministro vai empilhando provas que se fazem irrefutáveis para a condenação dos golpistas de 8 de janeiro.

Não sei…

Ainda estou indeciso se vou usar essas humildes observações que faço no Blog de amanhã.

Não me sinto lá muito confortável.

Dever do ofício, noticiar o fato mais relevante.

Queria mesmo escrever sobre outra coisa.

Um conto romântico, talvez.

Desses que podem virar entrecho de uma comédia romântica e fazer um baita sucesso na Netflix.

Ok.

Não precisam me dizer.

Sei que não tenho pendor literário, para tanto.

Enfim…

Permaneceremos por aqui.

Um olho no gato, outro no peixe.

Ah, o julgamento do ano, da década, do século!

O falatório em bravo jurisdisquês segue à toda.

Mas, não termina hoje.

Por quanto tempo vai se prolongar, eu não sei.

Mas, a Justiça tem que prevalecer, né, não, amigos?

Ops!

Ou já deixaram de ser meus amigos porque sou da turma que é contra a anistia?

Pensam diferente.

Ok.

É justo. E democrático.

Entender, juro, que não entendo, até me esforço, mas não entendo.

No entanto, defenderei sempre o direito de assim pensarem.

Grande Voltaire, autor do célebre pensamento:

“Posso não concordar com uma palavra do que dizes, mas defenderei sempre o direito de dizê-las.”

Como assim? Não foi o Voltaire que se saiu com essa?

Hein?

Beleza. Farei o reparo, Mr. Google: “Foi escritora Evelyn Beatrice Hall quem a formulou em 1906 para caracterizar o pensamento do filósofo sobre a importância de defender o direito à expressão, mesmo quando há discordância sobre o conteúdo”.

Pois é…

Vivendo e aprendendo.

Disse lá em cima que não me sentia confortável no rolar do texto.

Mas, olho a sessão do STF e me dou conta que não estou sozinho nessa dissonância.

O ministro Luiz Fux parece se achar o estranho no ninho.

O homem está com comichão, como diria minha vó Ignês.

Já se levantou, sentou de novo.

Já aparteou o aparte do ministro Flávio Dino e, diria que incomodado mesmo, já deixou o plenário duas ou três vezes.

O ministro Fux é dos raros que não tiveram o visto cassado pelos Estados Unidos.

Sei não há quantas anda seu humor.

Assalta-me à ideia aquela conversa antiga entre dois iminenentes senhores da República de Curitiba:

“In Fux we trust”.

Lembram?

Algo me diz que…

Quer dizer, deixa quieto, pois…

Vocês aí que agora me leem, incrível, sabem mais do que eu…

TRILHA SONORA

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