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A flotilha da fraternidade

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Ilustração: Pixbay

Tarde quinta-feira, dia 2 de outubro.

Recebo em vários grupos de WhatsApp o texto denúncia pelo desaparecimento do cineasta Miguel Viveiros de Castro, feito pela madrasta de Viveiros, Marta Viveiros de Castro e Luiz Rodolfo (Gaiola).

Vem com um apelo desesperado:

“Por favor leiam e divulguem”.

Transcrevo a seguir trechos do texto.

“Miguel Viveiros de Castro, meu enteado,  fazia parte da Flotilla humanitária rumo a Gaza, que levava comida e remédios a uma população sitiada, submetida à fome e à destruição.”

“A Flotilla era uma missão de solidariedade e vida — e por isso mesmo foi atacada.”

“Nas listas divulgadas, ele aparece como ‘possivelmente interceptado’. Mas essa palavra não se sustenta. Dos 15 brasileiros que estavam na Flotilla, 13 aparecem como sequestrados. Dois não aparecem — e Miguel é um deles.”

“Essa situação é devastadora.”

“Miguel não é número, não é abstração. É uma vida, é uma pessoa, é um brasileiro desaparecido em meio a uma operação que ataca não apenas Gaza, mas também aqueles que ousam romper o cerco e levar ajuda humanitária.”

Leio hoje pela manhã em reportagem dos jornalistas Carlos Madeira e Beatriz Gomes, no UOL.

“O cineasta brasileiro Miguel Viveiros de Castro, 49, que estava na Flotilha Global Sumud —uma comissão humanitária que seguia rumo a Gaza— foi preso. Ele havia sido dado como desaparecido pela família. A informação da prisão foi confirmada pela madrasta dele, Marta Viveiros de Castro, à coluna.”

“A família recebeu a confirmação da interceptação do barco Catalina, onde Miguel estava. Além dele, outros ocupantes foram detidos pelas autoridades israelenses.”

Também na manha de hoje, e ainda no UOl, o repórter Jamil Chade trouxe a notícia:

“O governo brasileiro liderou nesta sexta-feira uma denúncia apresentada às Nações Unidas contra Israel, por conta da ação do governo de Benjamin Netanyahu contra a flotilha que tentava chegar a Gaza com ajuda humanitária.

Expressamos nossa profunda preocupação com a interceptação, pelas forças israelenses, de embarcações pertencentes à “Flotilha Global Sumud” – um comboio pacífico que transportava a mais necessária ajuda humanitária para a Faixa de Gaza”, disse o embaixador Tovar da Silva Nunes, no Conselho de Direitos Humanos da ONU. ‘Recordamos o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais, consagrado no direito internacional’, disse”.

Em fevereiro do ano passado, dia 29 para ser preciso, publiquei no Blog a crônica “Em nome da Paz”.

Na ocasião, o texto me surgiu a partir de uma frase que um amigo me enviou, indignado com os conflitos que já se alastravam em várias partes do mundo:

“A guerra continua a ser o maior fracasso da humanidade”.

Penso, meus caros e preclaros, que tenho pouquíssimo a acrescentar às minhas considerações de então.

Continuo sem entender a dimensão da ignomínia e da ganância dos que vivem e fazem a indústria da guerra prosperar.

Faço hoje o registro por que me é devastador acreditar que vai por aí o futuro de todas as gentes.

E lamento, lamento muito mesmo, que a Humanidade viva período de vil retrocesso, ignorância e absurdo desprezo pela Paz e pela fraterna união entre os povos.

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