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Amigos distantes

Bom ver nossos amigos ganharem o mundo – e, melhor ainda, quando não se esquecem de nós. Da Itália, o Everaldo, o Grilo, manda notícias. Eu bato um \’recorto e cola\’ e repasso para vocês. Olhem o que ele conta:

“Em Florença, cidade turística, tem gente de todo o mundo. Assim, pelas ruas, se ouve todos os tipos de língua, o que é muito interessante. Já os estrangeiros que vivem aqui são principalmente brasileiros, africanos, paquistaneses e albanianos, e trabalham sobretudo como camelôs.

Nas ruas, os turistas acham que sou italiano e vivem me pedindo informações, e eu nunca consigo ajudá-los em nada. No segundo dia em que eu estava aqui, três senhoras me pediram informação, em inglês, e estas eu consegui ajudar, pois perguntaram algo simples. Depois, quando elas disseram “thank you”, eu respondi “de nada”. Eram três senhoras cariocas, e eu já havia percebido isso”.

Havia percebido, mas se mancou. O Everaldo é mesmo uma figura. Certa vez, quando ainda era estudante de jornalismo, eu o incentivei a trabalhar melhor a abertura das matérias porque, de resto, seu texto era impecável.

— Everaldo, perde cinco minutos a mais no lead que você vai ver que a reportagem vai sair naturalmente…

Como um dos melhores da classe, Everaldo logo foi escolhido para ser estagiário da redação onde fazíamos o garboso Rudge Ramos Jornal, jornal semanal, de circulação gratuita no ABC e feito pelos alunos de jornalismo da Universidade Metodista. Meses depois, já no exercício da nova função, o surpreendo em tom professoral, orientando os novos estudantes recém-chegados ao RRJ.

— Prestem atenção! Percam cinco minutos a mais no lead e…

Era assim o Everaldo, estudante de Jornalismo que hoje vive em Florença…

II.

Outra que resolveu dar as caras por aqui, após longa ausência foi Isabella, a Menina dos Cabelos Vermelhos ou Levemente Avermelhados, de acordo com o seu humor. Se estava triste, os fios deixavam de ser carmim e caminhavam ora para o castanho original ora para louro acebolado.

Nesse tempo de blog, Isa foi personagem de diversas histórias.

Agora, ela mora em Londres, e resolveu dar notícias.

“Ola meu querido, tudo bem? Sumi ne\’? eu sei. Sei também que você entende como uma viagem dessa pode mudar nossa rotina, ocupar nosso tempo e nos fazer emergir neste mundo, não é?

Pois é…

Pode ter certeza que eu estava ocupada com coisa melhor do que um computador. Estava me divertindo, aprendendo, rindo, curtindo, trabalhando, vivendo. Mesmo assim, desculpe não ter lhe enviado um “Oi, to viva!”. Aliás, meu caro, estou viva e feliz! A melhor coisa da minha vida foi ter vindo para cá. Não que eu não goste de quem ficou. Mas, me fez muito bem. No fim deste mês, estou de volta. “Mas, não sei por quanto tempo porque, pelo menos agora, eu estou com uma ‘coceira’ de viajar mais”.

Ela não me disse. Nem precisaria. Pelo tom festivo do email, os cabelos de Isabella devem estar retintos de tão vermelhos…