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Amigos e leitores

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Muitas vezes, o cronista vale-se da própria experiência de vida para escrever e comentar sobre um fato do cotidiano. Usa a memória de tempos idos, personagens que lhe foram (são) caros ou alguma sensação que teve a partir desta ou daquela observação…

Quando lança mão de tais artifícios para construir a narrativa, tudo o que o cronista deseja é aproximar-se do caríssimo leitor e fazer com que ele, leitor, se sinta parte da história; no mínimo, se deixe envolver pelas palavras e reviva também sentimentos e lembranças pessoais.

Numa conversa antiga, o amigo Escova traçou a diferença entre crônica e reportagem.

Crônica, disse ele, é conversa. Reportagem é relato.

Faz sentido.

O repórter informa.

O cronista tenta compartilhar.

Por essas e por outras, fico sinceramente tocado, com a sensação boa do objetivo alcançado, quando percebo a interação do leitor com as maltraçadas que deito aqui no Blog.

Nessa toada quero hoje destacar as interações recentes de amigos leitores.

Acompanhem!

Sobre a crônica de ontem,  A Revolução Esquecida, destaco três participações.

A primeira, do amigo Amândio Martins que chegou ao texto pelas redes sociais do vereador Almir Guimarães, um dos meus preclaros cinco ou seis leitores.

Diz o Amândio que o post de ontem o fez lembrar do avô, Mestre Vidal, considerado um dos heróis da Revolução de 24. “Foi ele quem colocou explosivos nos trilhos do trem junto à rua Guaiaúna, na Penha de França”. Para, desta forma, “impedir a passagem do comboio com armamentos e outras provisões” que abasteceria as tropas legalistas na cidade.

Amândio acrescenta que uma importante fonte de informações sobre a Revolução de 1924 é o livro homônimo do jornalista Moacyr Assumpção.

Já a leitora Damares comenta que, a partir de agora, verá a igreja de Nossa Senhora da Glória com “outro sentido”. Como parte da história das gentes paulistanas.

Também passa a fazer sentido um fato que observara desde a infância: a despensa da casa dos avós “lotadas com latas e latas de óleo, pacotes e pacotes de arroz, feijão e fubá’.

“Sempre achei que era porque talvez tivessem passada alguma dificuldade no passado e agora queriam ter fartura”.

Já o amigo Marceleza me faz uma pergunta que, sinceramente, não sei responder.

“Por que o paulista era tão empenhado na preservação das conquistas democráticas naqueles idos e, em tempos recentes, tem se mostrado tão conservador nas escolhas eleitorais?”

Fico pensando se devo ou não concordar com a observação do Marceleza. Vejo alguns prós, e outros tantos contras.

Mas, está feito o registro.

Aliás, é o próprio Marceleza, torcedor do Fluminense, que me cobra uma derradeira homenagem ao craque Altair que faleceu na sexta passada, aos 81 anos.

Falha imperdoável deste malajambrado escriba.

Campeão do mundo em 1962, reserva de Nilton Santos, com a seleção brasileira.

Altair era um dos meus ídolos.

Minha referência futebolística quando garoto.

Queria jogar como ele jogava. Implacável na marcação, hábil na técnica de dar o ‘carrinho’, tomar a bola do adversário e, limpamente, sair jogando, cabeça erguida e passe certeiro.

Toda minha admiração a ele está no texto O Sumiço do Ídolo que escrevi em junho de 2013.

Se os amigos quiserem conhecer, fiquem à vontade.

Leiam AQUI.

Termino a conversa de hoje com a trilha sonora escolhida pelo amigo Fefeu, ainda com referência ao Dia dos Pais.

 

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