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Saudemos artistas e arteiros

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Foto: Arquivo Pessoal

Alguém me diz que hoje, 15 de abril, é o Dia Mundial da Arte.

Nunca soube.

Fico sabendo, pois – e me ponho a pensar se poderia escrever algo a respeito.

Talvez.

No ato, e de pronto, lembro a frase de Fernando Pessoa (1888/1935):

“A Literatura, como toda a arte, é uma confissão de que a vida não basta”.

Tempo de internetês a malhar fakenews e a atribuir supostas frases a supostos autores, fico na dúvida.

Busco confirmação:

Dito e feito.

A frase está em Páginas de Estética e de Teoria Literárias, publicado em Lisboa pela Ática em 1966. 

Já ouvi versões correlatas em nome deste ou daquele que, desconfio, saíram do pensamento de Pessoa.

A mais popular talvez seja a que é atribuída a outro poeta Ferreira Gullar (1930/2016).

“A arte existe por que a vida só não basta”.

Ah, lembro-me agora de um professor de Teatro que entrevistei há milênios.

Meu Deus, não consigo lhes dizer o nome do homem.

Era de um grupo experimental chamado Truques, Teatro e Traquejos.

Ele visitou a velha redação para divulgação de curso que ministraria numa escola da região – e foi logo citando Nietzche (1844/1960):

“A arte existe para que a realidade não nos destrua”.

Não havíamos começado a entrevista e o Pimpão me sai com essa.

Causou certo impacto, mas sobrou estranhamento.

Curioso revolver essas memórias ao tentar reverenciar o Dia Mundial da Arte.

Diria que é um grande equívoco viver distante de tais manifestações.

O artista, em sua essência, é um ser de luz.

Permeia de luz os passos e o caminho.

Estou falando aqui ao improviso.

Tenho certeza que sou feito dos livros que li, das canções que ouvi, dos filmes que me encantaram, das peças teatrais que sacudiram minha alma, de quadros e esculturas e outras tantas manifestações artísticas e arteiros que me enlevaram. Do caldo dessas influências, cá estou a batucar um salve a todos os arteiros e artistas que dão forma e conteúdo ao nosso patrimônio cultural com o intangível, a ponte e o destino de dias melhores.

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