Em dias de Copa do Mundo, o assunto é…
Quem será o campeão,
Quem são os favoritos,
As curvas da Jabulani,
O casaco do Dunga,
A nossa seleção,
A seleção dos outros,
A falta de craques,
A exceção chamada Messi,
O terno do Maradona,
A chatice do Galvão,
entre outras novidades do Planeta Bola.
Claro que vale também o ‘remember’ dos tempos em que o futebol era um jogo jogado.
Hoje, mais do que nunca, o futebol é uma disputa.
Não à toa que se vê o ouve pela aí a tal analogia que transforma boleiro em guerreiros.
E não adianta reclamar da Propaganda que vende essa ideia em mil e um anúncios.
Os criadores só aproveitaram o conceito do que se vê em campo e um discurso amplamente difundido pelos próprios atletas, pelos técnicos e por significativos setores da mídia.
Mas, não é esta a pauta do nosso post hoje.
Vamos ao assunto do dia:
Em uma dessas conversas sobre o futebol do passado, descobri que o amigo Luciano Bonettti é sobrinho de Buzzone, craque do Juventus lá dos idos de 60.
Bonetti me disse que o tiozão está bem – e não perde uma só partida da Copa pela TV.
Fiquei feliz.
A lembrança de Buzzone me remete aos meus tempos de garoto.
Lembro-me que ele teve a carreira interrompida por uma grave contusão. E não pôde brilhar no Palmeiras e no São Paulo o tanto que se esperava daquele garoto promissor que apareceu enlouquecendo as defesas que o enfrentavam na histórico campo da rua Javari.
Buzzeto ainda teve uma passagem pelo futebol mexicano.
Em seu currículo, consta o inquestionável feito de deixar o grande Coutinho na reserva de uma seleção paulista. O ataque formou com Dorval, Chinezinho, Buzzone, Pelé e Pepe.
Naqueles idos, ninguém tinha lugar garantido em qualquer seleção. Seja a estadual, seja a brasileira.
Que, aliás, só se reunia de quando em quando – e põe quando nisso…
Para amistosos ou torneios sempre acirrados, como Copa Rocca, Sulamericano ou mesmo o Nacional entre seleções.
Só os melhores eram convocados.
Não havia um técnico exclusivo na seleção.
Ele trabalhava em algum clube – e na então CBD.
O País parava para ouvir a convocação.
O rádio era o porta voz dos nossos sonhos e esperança.
Ah!, inevitavelmente, todos os jogadores convocados pertenciam a clubes brasileiros.
Eram, meus caros, os chamados tempos do futebol romântico.
Tempos inesquecíveis.
Para mim, inigualáveis.