Foto: Meme de internet/Reprodução
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Assunto polêmico!
A distinta leitora me pergunta:
“O que leva o Datena a se meter em política nessa desastrosa campanha eleitoral para a Prefeitura de São Paulo?”.
Não sei lhe responder.
Talvez nem ele próprio saiba.
Nem sempre as decisões que tomamos, vida afora, nos são claras e límpidas.
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Cadeiradas à parte, e sem querer ser dono de qualquer verdade absoluta, o que posso dizer à minha interlocutora – e aos amigos do Blog – é o que ouvi do meu primeiro editor, o saudoso Tonico Marques, o inveterado socialista:
“O jornalista, muitas vezes, imagina ter um prestígio que, na verdade, não tem. Não lhe pertence. É do cargo e da função que ocupa. Pelo fato de estar no olho do furacão dos fatos, conviver profissionalmente com personalidades, artistas, autoridades e ser um trampolim para que os interesses dessas castas cheguem ao grande público, ele próprio, o jornalista, pode se ver como um dos tais e ilustres. Mas, não é exatamente assim”.
Diria que quase nunca é assim.
“Cada um cada um” – dizia o Marcão. “Cada qual no seu quadrado.”
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Enfim…
Não posso garantir que tal definição se aplique, ipsis litteris, ao Datenão, dono de um estilo peculiar e contundente como apresentador de telejornal sensacionalista de fim de tarde.
Aliás, não sei mesmo se o ensinamento do Marcão ainda faz sentido no mundo inundado pelo tsunami das redes sociais.
Me parece, óbvio, no entanto que as coisas não saíram exatamente como ele, Datena, avaliou em termos de domínio de cena, popularidade e votos.
“Um peixe fora d’água” – diria o vô Carlito e sua alma de pescador.
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Leio que a pesquisa de intenção de votos registrou um substancial aumento da rejeição de Datena-candidato (62%) após o quebra-quebra do debate da TV Cultura.
A mesma pesquisa assinalou que, mesmo depois de todo aquele barraco, Nunes e Boulos continuam como favoritos ao segundo turno nessas eleições municipais.
Ou seja, a polarização continua.
O que é visto como uma prévia para o embate presidencial de 2026.
Assim tudo como dantes no quartel de Abrantes.
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Na trilha sonora de hoje, sessão Nostalgia:
OS TRÊS DO RIO
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O que você acha?