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Histórias de Berlim – 2

Um alerta aos meus cinco ou seis fiéis e amáveis leitores:

Não saberei destacar o melhor de Berlim.

Sou um turista incidental, um viajante parvo, como costumo dizer.

Posso, sim, e faço com gosto, ressaltar dois momentos marcantes nesta viagem.

O primeiro deles se deu no Memorial ‘Topografia do Terror’, onde permanece ameaçador trecho de 300 metros (se tanto) do Muro de Berlim, além de magnífica exposição de fotos a revelar a tragédia que foi, para a Humanidade, a ascensão e queda do Terceiro Reich.

Uma das imagens ali me chamou a atenção além da conta. Foi o registro de uma manifestação da ‘saudação nazista’, realizada em 16 de junho de 1936. Milhares e milhares de alemães estendem o braço em reverência aos símbolos nazistas. No meio da multidão, flagra-se um rapaz de braços cruzados em notória postura de protesto a toda aquela pantomima.

Seu nome está na legenda da foto: August Landmesse que, mesmo assim, ao que consta, foi convocado para o campo de batalha e lá desapareceu.

Outro momento se deu de maneira casual. Visitávamos uma tradicional chocolataria (existe a palavra?), a Fassbeender & Haut. Ao bisbilhotar o livro de registro dos visitantes, me deparei com o seguinte recado, escrito em inglês:

“Que os dias que a Ucrânia atravessa não sejam em vão. Levem a todos nós a viver dias melhores. Que a Alemanha nos ajude a reconstruir a paz em nosso país. Nós amamos Berlim. Felicidades a todos”. Ecatherine, 07.02.2014

Enquanto houver pessoas assim, com a sensibilidade da Catarina da Ucrânia, acreditem: há salvação para o mundo.

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