Prometo voltar a Berlim em cinco ou dez anos. Se tudo estiver nos conformes, a saúde permitir e o bolso deixar.
Explico essa quase promessa.
Passei lá os últimos dias – e achei a cidade encantadora pela diversidade de atrações que junta o ontem, o hoje e o amanhã. São incontáveis: a ilha dos museus, as igrejas, as referências históricas em monumentos e praça, a arquitetura que reúne várias escolas, as largas avenidas, o bom sistema de transporte, o trânsito fluente, a torre da Sony, a cúpula do Parlamento etc etc etc.
Berlim tem uma natural vocação para o turismo – é organizada e limpa.
Não exagero dizer que, em médio prazo, rivalize com Paris, Roma, Madrid como um dos principais roteiros turísticos do Planeta.
Basta andar pelas ruas do Mitte, o bairro central, para constatar a multiplicidade de idiomas que se ouve por ali. São turistas de todas as partes do mundo, de mapa na mão, e olhinhos vidrados de curiosidade e prazer.
Um único senão: boa parte da cidade está em obras, o que faz com que algumas das principais referências fiquem sem acesso, ilhadas em canteiros sem fim de restaurações e novas construções.
Como os alemães costumam fazer as coisas com imaginação e rigor, não é difícil que o meu modesto prognóstico se cumpra na medida em que as obras foram ficando prontas.
Um caminhar por Berlim nos faz pensar que, até 1989, existia ali duas cidades distintas – e até conflitantes.
Como conseguiram?