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Jimmy Cliff e Gilberto Gil

Foto: Jimmy Cliff e Gilberto Gil, encontro nos anos 80/Divulgação

“Jimmy Cliff influenciou e seguirá influenciando minha música. Obrigado por tanto.”

Eis a sincera homenagem que Gilberto Gil postou no Instagram sobre a morte do cantor jamaicano, Jimmy Cliff, ocorrida nesta segunda-feira, dia 24.

Cliff tinha 81 anos.

Deixa uma bonita obra.

É considerado um dos ícones do reggae e, desde os anos 80, vinha com frequência ao Brasil.

Tem até uma filha brasileira: a baiana  Nabiyah Be,

Entendo a emoção de Gil.

Em muitas das andanças musicais de Cliff entre nós, Gil se fez parceiro em apresentações e shows de amplo sucesso.

Eram bem próximos, dá para se dizer.

Acredito que, influenciado por essa triste notícia, o meu amigo Escova me fez lembrar a vez em que, nos idos de 1980, eu e ele participamos de uma coletiva de imprensa, onde Gil e Cliff aguardavam numa boa sobre a série de apresentações que fariam em todo o Brasil.

Os artistas eram contratados da Warner que tinha, então, o renomado André Midani como comandante e mentor.

Vivíamos no Brasil, creio, o auge da indústria fonográfica.

O poderoso Midani fez um cast de primeira com um supertime de cantores/compositores – entre os quais, Gilberto Gil, Raul Seixas, Benjor, Belchior e Jimmy Cliff, entre outros.

Serei bem sincero com os amáveis cinco ou seis leitores.

Tanto eu como o Escova não lembramos quase nada do que disseram de relevante os dois cantantes.

A bem da verdade, naqueles idos, a entrevista ficou famosa porque o grupo de repórteres encontrou Gil e Cliff à beira da piscina do Hotel Transamérica no Morumbi, em São Paulo.

Era uma radiosa manhã de sábado.

A pauta, óbvia e inevitável, resumia-se aos detalhes dos três shows em Sampa, a primeira etapa da longa temporada.

O que causou maior borburinho, no entanto, foi a bagana que Cliff sacou em meio ao papo com os jornalistas e se pôs a fumar tranquilamente. Como se estive em uma praia erma, sob o sol da Jamaica.

Não estávamos habituados a essas ousadias por essas tenras plagas.

Mas, nós, os repórteres, seguramos a onda com a naturalidade necessária – e tocamos a entrevista como se nada estivesse acontecendo.

Tudo zen, meu bem. Dentro da maior normalidade.

Digo-lhes, amigos, que os repórteres fotográficos se deliciaram com os registros possíveis do insólito das cenas. Mesmo com a, digamos, perfumada nuvem de fumaça que nos rodeava.

Uma lembrança que Escova me confidenciou naqueles idos e hoje recordamos: no jornal em que ele trabalhava, diante de um editor das antigas e conservador ao extremo, o rapaz que fez as fotos ria a valer do susto do chefete (que falou em vetar a matéria) e, na ironia, o fotografo descarado culpou “o dia neblinoso” que fez naquela região da cidade.

Salvou-se o texto do Escova, mas a solução para ilustrar a página foi recorrer às imagens produzidas pela assessoria da Warner com ambos, Gil e Cliff, comportados e sorridentes.”

TRILHA SONORA

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