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Jornalismo Cultural

I.

Bom dia a todos.

Quero dizer da minha honra em participar deste fórum.

Quero também parabenizar os organizadores pelo evento.

Penso mesmo que essas discussões são sempre relevantes.

O Jornalismo vive um momento de transição.

E quanto mais nos aprofundarmos no debate e na reflexão mais poderemos entender a extensão do fazer jornalístico nos dias atuais.

II.

Bom, a proposta é falar sobre como o Jornalismo Cultural é contemplado na Faculdade de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo.

Muito bem.

Em linhas gerais…

Que ele seja um profissional independente, ético, em condições de gerenciar a própria carreira.

Que respeite integralmente os pilares do jornalismo contemporâneo:

O respeito à verdade factual

A função crítica.

E a função fiscalizadora.

Esse, aliás, é o perfil do formando em jornalismo da Metodista.

Obviamente, neste contexto, se inclui quem pretende seguir o veio do Jornalismo Cultural.

III.

A gente tem uma noção mais precisa da importância da área na formação do jornalista nos dois semestres finais do curso – o sétimo e o oitavo – quando os estudantes preparam e realizam os trabalhos de conclusão de curso.

O gênero Jornalismo Cultural está sempre entre os mais procurados nas diversas modalidades. Destaco especialmente os vídeos documentários, as revistas e os livros reportagens.

Os trabalhos apresentam um bom nível.

Estão no ranking dos que conseguem premiações importantes e geram grandes polêmicas.

Por tratar de artes, é mesmo uma obra aberta que mistura informações, sentimentos e preferências – e aí o debate é inevitável.

IV.

Para chegar a esse estágio, os alunos fazem o seguinte trajeto:

Logo no primeiro semestre, temos o Módulo de Narrativas Midiáticas, que dá ênfase à construção do texto e à comunicação e linguagem. A proposta é que todo este Módulo seja embasado por textos literários.

No terceiro semestre, há o Módulo de Comunicação, Arte e Cultura. Com introdução dos conceitos de estética e arte com ênfase na produção artística-cultural do século XX até os dias atuais.

Próxima paradas: Módulo de Jornalismo Especializado e Módulo de Reportagens Especiais, ambos no sexto semestre. No primeiro, o objetivo é fazer um aprofundamento dos vários segmentos do jornalismo hoje inclusive com encontros com profissionais que atuam na área. Uma das ênfases é para o Jornalismo Cultural. Já no Módulo de Reportagens Especiais, a proposta é a experimentação de linguagens e formatos jornalísticos nas diversas mídias.

A partir daí é o momento do TCC…

V.

No âmbito da pós, a Metodista oferece um curso de lato sensu em Jornalismo Cultural, sob a responsabilidade do professor doutor Herom Vargas. E no PÓS-COM uma linha de pesquisa também em Jornalismo Cultural, com o professor doutor José Salvador Faro.

Bem, é isso que a Universidade oferece.

VI.

Agora se me permitem…

Quero falar a partir de minha experiência como repórter que atuou na área por mais de 20 anos.

Escrevia sobre MPB. Adorava e adoro.

O aprendizado é uma construção contínua e vale-se da iniciativa de cada um.

Se você não traçar o plano de vôo da carreira, não correr atrás da especialização e do próprio sonho, a coisa toda fica incompleta.

VII.

Eu ainda aposto que a essência do trabalho jornalístico está reportagem.

É a base de tudo.

Aposto na informação fidedigna, com base na apuração e na isenta interpretação dos fatos.

Desconfio que sempre foi assim. E sempre será…

* Texto que serviu de base para minha fala na sessão de encerramento do Congresso de Jornalismo Cultural, promovido pela Revista Cult em São Paulo, no Tuca. Estavam presentes nove coordenadores de cursos de jornalismo de todo país. Como sempre, preparo antes o pronunciamento; mas na hora começo a divagar sobre minhas próprias anotações.

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