A propósito do que disse, na noite de sexta, aos formandos e ontem aqui publiquei, recebo de um atento leitor outra definição para a profissão que exerço, e lá se vão 43 anos, e, na qual, aquela meninada bonita dá seus primeiros passos.
O amigo é o Marceleza, jornalista e também professor de faculdade. A definição é a seguinte:
“Meu querido, jornalismo é caráter”.
Marceleza é um carioca assumido nos trejeitos e na fala, mas que nasceu em Caraguatatuba. Já lhes falei dele, e vez ou outra ele aparece como personagem, de uma divertida aventura.
Desta feita, nos trouxe uma frase que diz ter ouvido do jornalista Mino Carta.
Eu acredito.
Se tirarmos a expressão “meu querido” (que é próprio da cariocada e adotada pelo Marceleza), eu sou capaz de imaginá-la em toda a sua essência e força na voz do combativo Mino, com seu jeitão italiano, ritmado, de dizer as coisas que precisam ser ditas.
Mino é um dos grandes nomes do jornalismo deste País.
Comanda a redação da revista Carta Capital, e é sempre uma referência para mim e para qualquer jovem que pretenda seguir a profissão, com honra e dignidade.
Não foi à toa que, conhecedor da frase, foi com ela que fiz o encerramento da solenidade de colação de grau, que presidi na sexta.
Único senão.
Tenho lá minhas dúvidas se os formandos e plateia ouviram – e, sobretudo, refletiram – sobre minhas palavras finais (que, na verdade, eram do Mino).
Àquela altura da cerimônia, a alegria da rapaziada – e, por extensão, da plateia – era tamanha que só aguardavam o momento de jogar o capelo para o alto e festejar ruidosamente o final de
um importante ciclo de vida cumprido…
De qualquer forma, está aí a frase. Renovo os votos de felicidade para a turma de formando – e deixo o recado para o Marceleza: quando vier a São Paulo, passe na Universidade… Ando saudoso das nossas conversas. Abraço, amigo.
*** Post de número 2994