A notícia:
Ao comentar a decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal que negou, nesta terça-feira 25, a liberdade imediata do ex-presidente Lula em caráter liminar, proposta pelo ministro Gilmar Mendes, o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS) destacou o fato de a Suprema Corte manter como suspeito o ex-juiz e atual ministro da Justiça Sérgio Moro.
– Quem está sendo julgado é o Moro, ele não foi absolvido, a denúncia sobre sua suspeição será julgada em agosto.
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A propósito de juízes e julgadores, registro duas das tantas histórias reunidas no livro O Homem Que Calculava, de Malba Tahan, lançado em 1938 – e incrivelmente atuais.
Que o misericordioso Allah nos proteja…
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A lenda:
Conta-se que o jovem Tzu-Chang dirigiu-se um dia ao grande Confúcio e perguntou:
– Quantas vezes, ó esclarecido filósofo, deve um juiz refletir antes de sentenciar?
– Uma vez hoje; dez vezes amanhã.
Assombrou-se o príncipe Tzu-Chang com as palavras do sábio.
O conceito era obscuro e enigmático.
– Uma vez será suficiente – elucidou com paciência o Mestre – quando o juiz, no exame da causa, concluir pelo perdão. Dez vezes, porém, deverá o magistrado pensar sempre que se sentir inclinado a lavrar a sentença condenatória.
E concluiu, com sua incomparável sabedoria:
– Erra, por certo, gravemente aquele que hesita em perdoar; erra muito mais aos olhos de Deus aquele que condena sem hesitar.
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Beremiz, o homem que calculava, também abordou o tema ao falar com um mercador atarantado por se entender prejudicado pelo sócio nas contas do mês.
Disse o sábio:
– Acautelai-vos contra os juízos arrebatados pela paixão porque esta desfigura muitas vezes a verdade. Aquele que olha por um vidro de cor vê todos os objetos da cor desse vidro; se o vidro é vermelho, tudo lhe parece rubro; se é amarelo, tudo se lhe apresenta completamente amarelado. A paixão está para nós como a cor do vidro paras os olhos. Se alguém nos agrada, tudo lhe louvamos e desculpamos; se, ao contrário, nos aborrece, tudo lhe condenamos, ou interpretamos de modo desfavorável
Maktub!
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