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Milton, carnaval e Speranza

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Foto: Reprodução do YouTube

Milton Nascimento será tema de enredo do carnaval da Portela em 2025.

Uma justa e merecida homenagem ao Bituca prestes a completar (em outubro) 82 anos de vida e arte.

Leio que, neste final de semana, o cantor/compositor esteve na quadra da tradicional escola de samba – e foi ampla e devidamente reverenciado com aplausos e vivas.

Participou de um breve show que incluiu oito canções das mais representativas de sua obra – Trem Azul, Maria, Maria, Cio da Terra, Travessia, entre outras.

Quem regeu a festa foram as portelenses Teresa Cristina e Roberta Sá.

Imagino, cá do meu canto, o tamanho da celebração!

A escolha da temática me pareceu perfeita a partir do título:

“Cantar será o caminho que vau dar no sol”.

Espetacular adaptação do verso de Fernando Brant (1946/2015) que consta na letra de Nos Bailes da Vida que a voz de Milton eternizou:

“Cantar era o caminho que vai dar no sol”.

Um hino da geração dos +60.

Mesmo afastado dos palcos voluntariamente há dois anos (pouco mais, pouco menos) não dá para dizer que o Bituca curte sua aposentadoria longe dos holofotes.

Ainda recentemente, em agosto, o jornal norte-americano The New York Times fez elogiosa reportagem a Milton Nascimento ao definir o cantor como “uma divindade musical do Brasil”.

Milton participou do álbum lançado em parceria com a cantora de jazz Esperanza Spalding, 39, num momento de puro encantamento.

“Não é nenhuma surpresa que, aos 81 anos, a voz de Nascimento não seja mais a mesma de outrora. Está mais baixa, mais instável e, às vezes, requer mais esforço para alcançar as notas que antes até ultrapassava. No entanto, ele mantém um inegável aconchego” – comenta o jornal.

Sou das antigas, como bem sabem meus amáveis cinco ou seis leitores. Do tempo em que, entre nós, os então jovens jornalistas que que cobriam o bastidores da MPB era comum descrever o canto de Milton Nascimento como “a voz de Deus”.

Lembro que, durante uma movimentada coletiva de Elis Regina (1945/1982), ela assim o chamou diante de todos os repórteres:

“Bituca é a voz de Deus”.

Ela foi uma das primeiras a gravar as canções do mineiro-tijucano Milton Nascimento.

Naquela noite, numa das alas do Conjunto Nacional onde recebia a Imprensa, esqueceu do disco recém-lançado (não lembro qual foi?) para dizer que, por ela, gostaria de gravar um álbum só com as músicas do Bituca.

Sonho de Eis que a gringa Speranza Spalding acacaba de realizar.

ouçam…

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