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Neymar e a seleção dos sonhos

Há tempos não falo de futebol no Blog.

Há quem lamente.

Há quem goste.

Sinceramente, ando um tanto distante das coisas do que os antigos locutores chamavam de ‘esporte bretão’. Mas, não deixei de acompanhar “o meu Palmeiras, meu Palmeiras, você é meu bem querer”.

Só não me sinto disposto a escrever sobre as coisas do Planeta Bola, como fazia algum tempo atrás. Até porque já existe tanta gente falando e falando e falando – e eu quase sempre discordando – que não vejo lá muito sentido ser mais um a comentar.

Não tenho lá grandes novidades a lhes dizer.

(…)

A bem da verdade, fui instado a fazer esse texto a partir do questionamento que recebi de um aluno sobre o jogo (“histórico”, disse ele) entre Barcelona e PSG desta semana, com a estrondosa vitória dos catalães por 6 a 1.

O rapaz elogiou o Neymar, “o melhor jogador brasileiro” que viu em ação. Melhor que Ronaldo Fenômeno, melhor que Ronaldinho, melhor que Romário.

– Não acha, professor?

Não soube responder.

– Na minha seleção de todos os tempos, é ele e mais dez.

Cravou seco – e eu percebi que estava a me provocar.

(…)

Fiquei na minha.

Tentei lhe explicar que entendo essa coisa de “seleção de todos os tempos”, bem como outros comparativos entre craques de épocas distintas, como uma alegoria da realidade em que impera ilusões e sonhos dos nossos tempos de meninos.

Não há qualquer objetividade nas escolhas. São amplamente pessoais, recheadas de sensações e lembranças.

Em essência, o futebol se alimenta – e vive – desses devaneios. E, mesmo com muitos pseudos analistas esportivos tentando cientificar o esporte, sou franco em dizer a ele (e aos caríssimos leitores): ainda bem que é assim.

No Planeta Bola, o Sr. Imponderável de Almeida (personagem de Nelson Rodrigues) ainda é – e sempre será – o senhor de todos os destinos.

(…)

Falei, falei e, desconfio, não o convenci.

Pois, no instante seguinte, o garoto me perguntou se o Neymar estaria no meu onze de todos os tempos.

– A princípio, não – respondi.

E acrescentei:

– Por enquanto, ele é reserva de Canhoteiro (o incrível e driblador ponta do São Paulo, de passagem discretíssima pela seleção em fins dos anos 50, mas de inesquecível encantamento aos meus olhos de guri).

– Quem sabe no futuro, conclui para desgosto do rapaz.

(…)

Antes que os leitores me cobrem, escalo de pronto minha seleção dos sonhos:

Gilmar, Djalma Santos, Mauro, Luiz Pereira e Nilton Santos, Paulo Roberto Falcão e Didi (Ademir da Guia). Garrincha (Julinho), Ronaldo, Pelé e Canhoteiro.

Quem não gostar que escale a sua…

*Post de número 2992.

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