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No tempo em que todos éramos irmãos

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Este é um post\canção daquele período em que todos se entendiam irmãos.

A bem da verdade, só existe o post porque existe a canção.

Uma tocante balada que me foi encaminhada, como sugestão de pauta, pelo sempre vereador Almir Guimarães.

“É do nosso tempo de juventude”, lembrou-me o amigo que me dá a honra de ser um dos cinco ou seis amáveis leitores deste humilde Blog.

II.

Bem lembrado, vereador.

Se me permite, diria até que “He ain ‘t heavy. He’s my brother” traz o DNA da nossa geração, daqueles que hoje chamamos nostálgicos de “o nosso tempo”.

Narra a história de um garoto que, em uma noite de forte nevasca, bate à porta de um orfanato em Washington DC para pedir abrigo. Está faminto, mal agasalhado, com frio. Tem pouco mais de 10 anos.

O padre que lhe abre a porta e o acolhe não acredita no que vê. Sob os andrajos de um esgarçado cobertor, o menino carregou até ali outro garoto, pouco mais novo, também com fome e frio.

Sem se dar conta do que dizia, o religioso se espanta:

-Nossa, como conseguiu chegar até aqui? Ele deve ser muito pesado!

Ao que o garoto responde, de imediato, com a voz do coração:

-Ele não pesa. Ele é meu irmão.

Não eram irmãos de sangue, eram parceiros das vicissitudes e misérias das ruas.

III.

Os compositores Bobby Scott e Russel Bob souberam da historieta e, a partir dela, fizeram a canção que Kelly Gordon gravou em 1969. Há cinquenta anos, portanto.

Mas esses versos só se tornaram mundialmente conhecidos na leitura feita pela banda britânica The Hollies e, posteriormente, por Neil Diamond.

Dizem que Elton John tocou piano na gravação do The Hollies.

IV.

A música também serviu de trilha sonora para reiterar os protestos pacifistas contra o absurdo da Guerra do Vietnã. Propalou-se então uma versão que a cena acontecera num campo de batalha enquanto um garoto vietnamita e o irmão fugiam pela estrada para escapar aos bombardeios.

Ou ainda que os soldados americanos assoviavam baixinho quando carregavam algum ferido no campo de combate.

Vale a lenda.

Vale a lição de fraternidade.

De qualquer forma, uma linda e emblemática canção. Inclusive para os sofridos dias de hoje quando há uma onda de refugiados em todo o Planeta que busca um chão seguro para viver e sonhar.

 

Foto: Socioeconomia.org

 

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