Foto: reprodução das redes sociais/oficial_v.marlene
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Há coisa de ano e tanto (maio de 2024) escrevi sobre o encerramento de atividades de uma famosa banca de jornal aqui, pertinho de onde moro, em São Bernardo do Campo.
A quem possa interessar, dou-lhes acesso ao link.
Clique AQUI para ler A Banca de Jornal.
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Pois então, meus claros e preclaros,
a recomendação de leitura vale como epígrafe para o post/crônica de hoje.
Volto de viagem – e logo me informam que outro marco deste canto do mundo também vai baixar definitivamente suas grandes portas de aço e, em consequência, deixar de atender ao distinto e cativo público sambernadense em 30 de novembro agora.
Trata-se da tradicional Doceria Bariloche da Avenida Kennedy, há três ou quatro quarteirões de casa.
30 anos de atividades. Acho que podemos usar o termo “tradicional” sem delongas.
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Soube pelo WhatsApp, pra variar.
Deu no grupo dos moradores do prédio.
Alguém postou o comunicado da empresa, com a data e as razões do fechamento.
Tentarei aqui resumi-lo em 3 tópicos:
1 – há anos a Bariloche enfrenta problemas para “manter a estrutura tão tradicional”.
2 – os custos são grandes, desproporcionas ao movimento.
3 – os investimentos contínuos são necessários para o bom funcionamento do modelo de negócio.
Conclusão:
“Impossível seguir adiante e garantir a Bariloche que todos conhecemos e amamos.”
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A notícia nos chega com sabor de desalento e surpresa.
Surpresa porque, aparentemente, o negócio seguia muito bem aos nossos olhos de leigos. O movimento talvez não fosse o mesmo, mas era intenso especialmente nos finais de semana. Mesmo em dias normais, era possível reparar pelo estacionamento da Doceria que o fluxo de fregueses era bem considerável.
O desalento explica-se porque dá para dizer, sem exageros, que a Bariloche era parte da rotina das famílias da cidade. “Cenário de comemorações, referência de sabor, carinho e memória afetiva”, como li em um dos comentários do grupo.
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Confesso que tenho parte de culpa.
Há tempos não bato o ponto por lá de olho comprido para “as bombas” de creme ou chocolate, meu doce preferido – e um dos pontos fortes da casa.
Há quem prefira os sorvetes de vários sabores.
Gosto também. Mas…
… espero que me entendam.
Sem grande convicção, ando regulando o consumo de doces para não bater os três dígitos na implacável balança, onde regularmente me peso.
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De qualquer forma, acho que ainda tenho um tempinho para uma visita de adeus à Bariloche.
Prometo comportar-me.
Ou não.
Impossível não me deliciar com um belo exemplar da tal “bomba”; desta feita, recheada de chocolate, e, para melhor configurar o álibi, haverá um naco de precoce saudade do que ali se saboreou e viveu.
Enfim…
É da vida e dos amores.
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TRILHA SONORA
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