Sign up with your email address to be the first to know about new products, VIP offers, blog features & more.

O feriado de 9 de julho

Posted on

Ilustração: cartaz comemorativo da Revolução Constitucionalista/reprodução

Feriado em São Paulo, o dia 9 de julho celebra o início de uma guerra civil cuja derrota se transformou, paradoxalmente, no símbolo máximo do orgulho paulista. De eventos como desfiles cívicos, a marcos como o monumental Obelisco do Ibirapuera – mausoléu que abriga os restos mortais de combatentes mortos durante o conflito – a chamada Revolução Constitucionalista de 1932 é entendida pelos paulistas como um marco do suposto caráter de vanguarda que o estado teria…”

Há hoje no UOL uma oportuna reportagem que trata, com honesta oportunidade, as origens do feriado de 9 de julho que hoje celebramos – e desconfio, grosso modo, para grande parte das pessoas, especialmente jovens e nem tão jovens assim, sem saber exatamente o porquê.

O texto é de Edílson Veiga.

Clique AQUI para ler.

9 de Julho foi revolução ou fracasso? Por que paulistas se orgulham de uma guerra que perderam

Leio o texto – e, pasmem!, só agora na esteira dos 70 e alguns, me dou conta que a tal ‘‘guerra de narrativas’’ sempre existiu e de forma determinante na formação da opinião pública.

Por óbvio que o fenômeno não possuía o tom avassalador que hoje demonstra. Em consequência das aclamadas redes (anti)sociais que provocam um tsunami de fake news e versões e mais versões de fatos e eventos que acontecem (ou não?) e, muitas vezes, são decisivos na vida de cada um e de todos.

E olhem que sequer falei da suposta realidade que se pode criar a partir da IA!

Aonde tudo isso vai nos levar?

Eis a questão e o ser ou não-ser da Humanidade.

Enfim.

Voltemos ao 9 de julho.

Memórias, memórias, meus caros.

No meu tempo de garoto, eu lhes diria que era um feriado nobre.

Lembro que os adultos o celebravam em conversas respeitosas, com ares circunspectos, a saudar a coragem e o feito patriótico dos nossos coirmãos em defesa da Constituição e da democracia.

O que aprendíamos nos livros escolares seguiam mais ou menos o mesmo tom.

No mais, que me lembre, havia os tais desfiles cívicos de diversas instuições, ex-combatentes e, mesmo em férias escolares, até a participação de bandas e fanfarras com dedicados jovens a repicar tambores e soar cornetas.

Confesso que não era fã do baticum e da marcha.

Preferia mesmo, o festival entre clubes amadores da região que se realizava no campo distrital do Parque da Aclimação. Era um tira-teima e tanto, delicioso de se ver. Mediam forças e talentos as equipes do Santos do Cambuci, República, Liberdade, Lago, São Luís, Vila Deodoro, Triângulo e eventuais convidados de outros bairros.

Os jogos eram de 15 por 15 minutos. Perdeu cai fora, ganhou passa para a outra fase. Escanteios valiam gols.

As partidas, como disse, eram de tirar o folego da digníssima plateia, da qual eu modestamente fazia parte..

Se meus amáveis cinco ou seis leitores querem saber minha sincera opinião, digo-lhes que aquilo, sim, era intensidade. Cracaços de bola. Desconfio que nem sequer essa Copa do Mundo de Clubes que hoje vemos pela TV tinha tanta rivalidade em disputa.

Mas, entendam, é só minha versão dos fatos e daqueles 9 de julho inesquecíveis.

Ô saudade!

Ainda nenhum comentário.

O que você acha?

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Verified by MonsterInsights