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O personagem da semana: Endrick

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Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Toda segunda-feira, o inimitável Nelson Rodrigues dedicava sua coluna esportiva ao que ele denominava de “o personagem da semana”.

No maior descaramento do mundo, roubo-lhe a ideia e o título.

Permitam-me a ousadia de copiá-lo no post de hoje.

O motivo é simples.

Uma homenagem.

Sei que os brazucas e o Planeta Futebol saúdam, com entusiasmo, Vini Jr. como “o melhor do mundo” e o Real Madrid pela décima quinta vez campeão da Europa.

Como diria Nelson Rodrigues, “toda a unanimidade é burra”.

Por isso, minha singela homenagem vai para o menino_bom_de_bola Endrick, tido e havido como a maior revelação, oriunda das categorias de base do Meu Palmeiras, para o futebol brasileiro.

Maior que o Gabriel Jesus.

Maior que o Marcão.

Maior que o Vagner Love.

Dou um salto ao passado remoto.

Maior que Luiz Carlos, o Feijão, quem se lembra?, que ainda nos idos de 60 foi chamado de “o novo Pelé”.

Maior que Paulinho, jogador que no ínico daquela década era a sensação do time de aspirante do Palmeiras – e, por ser loirinho, era comparado ao grande José João Altafini, o Mazzola, campeão do mundo em 1958, pela seleção brasileira na Suécia.

Faço a necessária ressalva.

Mazzola, que durante a Copa se transferiu para o Milan e por isso perdeu a titularidade para Vavá, era considerado pela italianada do Bar Astoria, como “o melhor jogador brasileiro” daquele período pré-Mundial.

“Melhor que Baltazar (o Cabecinha de Ouro do Corinthians). Melhor que o Dida (o então camisa 10 do Flamengo).”

Meu pai, que fazia parte dessa turma alegre, ruidosa e palestrina, tentava explicar ao filho caçula, como Mazzola era craque.

“Ele bate o escanteio e vai pra área fazer o gol de cabeça.”

Mazzola, no entanto, não era cria do time de Parque Antarctica. Veio jovenzinho do XV de Piracicaba.

Fez história no Verdão.

Mas, não foi tão brilhante quanto o menino Endrick que está na Academia de Futebol desde os onze anos.

Foi campeão e artilheiro de todas as categorias em que jogou. Inclusive, quando chegou precocemente ao time profissional com 16 anos. O mais jovem atleta a envergar o manto palestrino. O mais jovem atleta a marcar um gol pelo Palmeiras. E por aí vai…

Não sei dizer se o menino em seu novo time, o poderoso Real Madrid, vai ser tudo o que se espera dele. Idade, talento, força física e bola, ele tem. Mas esse tal Planeta Futebol é tão imprevisível que nada pode ser cravado como certo e absoluto.

Meu Palmeiras nunca teve a tradição de ser um time formador.

Nos últimos anos, sob a batuta do gestor João Paulo Sampaio, essa escrita parece que mudou. Uma penca de promessas nasceram no Verdão – Artur, Patrick de Paula, Danilo, Gabriel Menino, Veron, Naves, Fabinho, Vanderlan, Luis Guilherme, Estevão, entre outros.

Endrick é a joia máxima.

Puxa a fila.

Sua trajetória no Verdão é linda.

E o seu “Até Logo”, na despedida, foi tocante para o coração deste velho palestrino.

Buona giornata, campione. Ciao!

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