Ilustração gerada com Inteligência Artificial
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Sou tomado por um espanto daqueles!
Converso pelo zap com o amigo Zé Reis, professor e doutor pela USP em Artes Gráficas e generoso responsável pelos projetos e a diagramação de quase todos os meus livros, quando ele me conta a incrível novidade (que, aliás, para muitos já não é tão incrível assim).
Diz ele que agora todos os trabalhos que realiza são pautados pela orientação da onipresente Inteligência Artificial.
O quêêêêêê!!?? – exclamo e pergunto ao mesmo tempo na mensagem que lhe envio.
Quanta modernidade, amigo!
“Assim são os nossos dias” – ele responde. “Quero estar atualizado para saber aonde a Humanidade vai chegar com tanta tecnologia e sob o domínio da robótica.”
“Você é fera, campeão” – eu lhe escrevo.
E acrescento:
“Tenho uma vaga ideia do que seja a IA, mas não passo de um senhorzinho pouco afeito às novidades que reluta em deixar o século 20”.
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Passam alguns segundos que me parecem eternos – e o Reis, vejo no visor do celular, digitando o que imagino ser uma boa e convincente argumentação.
Por fim, recebo a coleção de emojis com aquela carinha redonda chorando de rir – e a lacônica explicação:
“É brincadeira, irmão”.
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Em seguida, o Reis muda de assunto e me pergunta:
“O que acha do Donald Trump ser escolhido para o Nobel da Paz?”
Aí, é minha vez, preguiçoso que sou, de lhe encaminhar o recorte-e-cola da coleção dos bizarros emojis que me enviou – e concluir também laconicamente, mas, o faço em caixa alta. A não restar dúvida do que penso.
“É BRINCADEIRA, IRMÃO. E DE PÉSSIMO GOSTO!”
(Só não lhe pedi para fazer a mesma pergunta para a IA porque… bem, eu temo pela resposta da IA e dos homens.)
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TRILHA SONORA
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O que você acha?